“Do Senhor é a terra e sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” Sl 24.1
É interessante observar a velocidade do tempo. Em anos e décadas, transformações significativas ocorrem na sociedade e algumas posturas são deixadas para trás, enquanto outras são adquiridas.
Nas décadas anteriores, dentro dos colégios e na realização de cerimônias, via-se um certo saudosismo ao entoar o Hino Nacional e ouvia-se um lindo coro. Hoje, contudo, já não percebemos tanta ênfase ou satisfação. As novas ideologias ofuscam o brilho de como o hino era cantado, entre as ideias de um povo heroico, braço forte, liberdade, amor e esperança, formoso céu, futuro grandioso, Novo Mundo, flores, paz no futuro, justiça, nos restaram no presente um povo cansado da luta, sem força para continuar, uma liberdade comprada pelo vil capitalismo, utopia de amor e esperança, o céu escuro e cinzento, um futuro incerto, um Novo Mundo que favorece poucos e sufoca muitos, flores artificiais, guerras, injustiças… Qual será a nossa perspectiva? Onde encontrar a Pátria amada e idolatrada em meio ao caos da modernidade?
Deus sempre buscou remir Jerusalém, terra do Seu povo, de Seu opróbrio. “Por amor de Sião, não me calarei e, por amor de Jerusalém, não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, como uma tocha acesa” (Is 62:1). Em toda a história de Israel, sempre houve alguém para lembrar as promessas e a fidelidade divina, e os profetas anunciavam o cuidado de Deus para com o povo e com a terra que criou.
Hoje, onde está a Pátria entoada em nosso Hino Nacional? Onde estão os profetas? Onde está o povo de Deus que clama por sua terra? A Pátria amada e justa tem permanecido em nossos anseios, sonhos e busca por conquistas ainda maiores. Hoje, os profetas parecem estar escondidos. Não os vemos denunciando o pecado da nação e apontando a direção para um novo caminho de justiça e igualdade. Do mesmo modo, o povo escolhido, igreja do Senhor, se omite na sociedade, ou assume determinada semelhança com o mundo secular em suas ideias e conceitos (o individualismo, por exemplo), ou se sente tão santo que não pode atuar na sociedade para não contaminar-se com suas impurezas.
Jesus, no entanto, representou uma igreja que vai até seu povo, atende suas necessidades, não se conforma com as desigualdades e injustiças e prega o amor incondicional do Pai, que sara as dores, cura as feridas e salva!
Nosso Brasil, tão colorido em sua diversidade religiosa, ainda precisa de um povo e de profetas que anunciem as promessas do amor de Deus para o Seu povo, as boas obras de Jesus Cristo, a liberdade que há em Seu nome, a certeza da restauração de nossos sonhos e a preservação da terra que por Ele foi criada.
Somos a igreja do Senhor chamada a declarar e testemunhar que há esperança de um país melhor. Com nossas orações e ações, é possível votar consciente, anunciar o Evangelho e disseminar o amor que vem do nosso Deus a todos que estão perdidos.
Como bons mordomos podemos cuidar do nosso país e declarar que Jesus Cristo é o Senhor desta nação!
Sem. Michelly Silva