“Quem é, pois, o servo fiel e prudente a que o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Mt 24:45–46).
Não há dúvida de que somos os obreiros, os mordomos do nosso Deus. Quando compreendemos a dimensão da grandeza d’Aquele que nos chamou, experimentamos Sua autoridade e Seu domínio sobre tudo e todos.
Deus nos deu o privilégio de cuidar e administrar Sua obra. Somos responsáveis pelo cuidado com o mundo que Ele criou para nós e, sobretudo, pelo zelo com as vidas que estão ao nosso redor. A nós foi confiada a tarefa de servi-Lo com prudência e fidelidade.
A prudência nos capacita a distinguir previamente o que convém, ou seja, devemos ser cautelosos nas nossas decisões e ações referentes à obra de Deus. Nem tudo que nos convém é conveniente para Deus. Não é o que achamos que determina os resultados, mas ações pautadas nos princípios divinos determinam o cuidado que devemos ter.
A fidelidade garante o cumprimento de nossa obrigação e, principalmente, nos torna semelhantes ao nosso Senhor. Deus é fiel e espera que sejamos fiéis também. Ser fiel na obra de Deus significa que vamos garantir os desejos e valores que são do Senhor.
O Salmo 24 afirma que tudo que existe, a plenitude da existência do mundo, pertence a Deus e por Ele foi criado; logo, não possuímos coisa alguma que não nos tenha sido dada por Deus.
Se Ele nos deu e a Ele pertencem todas as coisas, a nós cabe a prudência e a fidelidade quanto ao cuidado do que é de Deus. Assim como prestamos conta do serviço que nos cabe em nossos empregos, daremos conta ao Senhor a respeito do cuidado para com a Sua criação.
A parábola dos dois servos (Mt 24:45–51) nos exorta quanto ao “pagamento” que iremos receber pelo serviço prestado a Deus. Um dia vamos ser chamados e avaliados, e então seremos abençoados por um trabalho fiel e prudente ou destinados ao sofrimento por negligência e infidelidade.
Bem-aventurado é aquele que se preocupa em realizar seu trabalho de modo digno em favor do seu senhor, diz a palavra. Um dia, que ninguém sabe quando será, o Senhor virá ao nosso encontro, certo de que a herança que recebemos d’Ele foi bem aproveitada e gerou investimento, principalmente em vidas.
A preguiça, a indiferença e o descaso podem nos conduzir ao castigo de perder as bênçãos e, infelizmente, a tão sonhada e almejada salvação, simplesmente porque não fomos bons servos, cuidadosos e precavidos.
Então, mãos a obra! Vamos trabalhar e honrar Aquele que a nós confiou a Sua criação.
Pra. Michelly Silva (seminarista)