“Assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13:34b).
Em 2021, estamos trabalhando em nossa igreja o tema “Realinhando os Corações”. Quando falamos em realinhar nosso coração com o de Jesus, estamos, entre outras coisas, nos propondo a amar os outros como Jesus nos ama. Para alguns, essa proposta poderia receber o nome de “Missão Impossível”. Mas será que é tão impossível assim?
Primeiramente, ao propormos uma campanha com o objetivo de aprender a amar como Jesus, já estamos reconhecendo que não amamos as pessoas como Ele nos ama. A primeira constatação é de que nosso sentimento precisa ser tratado. Constatamos também que temos um alvo bem claro: amar como Jesus. Não queremos aprender o sentimento que é apresentado nos romances ou nos contos, em que o amor é cego, volúvel e condicional. O que queremos é ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, é aprender a amar a partir dos parâmetros de Deus.
Talvez você possa se perguntar por que esse tema agora. Bem, primeiro porque avaliar nossa caminhada de fé individual e comunitária sempre está na ordem do dia; em segundo lugar, enfatizamos o amor porque entendemos que sem ele não somos capazes de fazer discípulos(as) semelhantes a Cristo. Jesus era um Mestre com um grande diferencial: além de ter muita sabedoria, Ele transformava todo o Seu conhecimento em atitudes concretas de amor, o que O tornava único.
Muitas vezes, nossos bonitos discursos sobre compaixão e solidariedade não ecoam em nossas ações. Somos desafiados a alinhar nosso discurso com nossas práticas, a ser coerentes como Jesus era e é. O amor de Jesus era tão autêntico, verdadeiro e coeso que, quando Ele se aproximava das pessoas, elas eram constrangidas a segui-Lo. Se queremos ser uma igreja cada vez mais forte, se queremos que nossa comunidade cresça com maior vigor, o único caminho é amar como Jesus nos ama. As pessoas estão cansadas de ouvir discursos religiosos e ver pouca ação. A nós nos cabe essa desafiadora tarefa de fazer com que aquilo que está escrito na Bíblia deixe de ser uma teoria e se torne algo concreto na vida das pessoas.
O primeiro passo é dado quando reconhecemos que não estamos amando os outros como Jesus nos ama e percebemos nossa limitação, preconceito, intolerância e falta de habilidade para amar de maneira altruísta. Mediante nossa confissão, colocamos nossas vidas imperfeitas diante do Senhor para que Sua essência, que é o amor, possa transparecer em nossas vidas.
Que, no tempo de despertamento trazido por essa temática de realinhamento, todos nós possamos ser batizados com o amor de Deus. Que Ele nos ensine a amar as pessoas que consideramos difíceis, que aprendamos a pagar o mal com o bem e que nosso amor se transforme em atos concretos de solidariedade e respeito! Que Jesus realinhe dia a dia os nossos corações com o d’Ele!
Do amigo e pastor,
Tiago Valentin