Família, uma célula viva

Feli­ci­da­de em Famí­lia”,
por Fre­de­ric Pissarro

Como atuo na área da saú­de, pos­so com­pa­rar a famí­lia com uma célu­la do nos­so cor­po. Célu­las são uni­da­des estru­tu­rais e fun­ci­o­nais dos orga­nis­mos vivos. Famí­lia tam­bém é uma uni­da­de estru­tu­ral, for­ma­da de pes­so­as que se relacionam.

Todas as célu­las deri­vam de célu­las pré-exis­ten­tes. A famí­lia tam­bém é com­pos­ta de indi­ví­du­os (o casal) oriun­dos de outras famí­li­as, cada um com seus hábi­tos, cos­tu­mes e tra­di­ções, mas que, aos pou­cos, vão defi­nin­do o modo e o esti­lo da famí­lia que se for­mou, sobre­tu­do depois da che­ga­da dos filhos. E esse novo núcleo fami­li­ar pode ser dife­ren­te ou pare­ci­do com a famí­lia de origem.

Célu­las são com­ple­xas. Algu­mas famí­li­as tam­bém. Indi­ví­du­os que moram sob o mes­mo teto e pen­sam de manei­ras dife­ren­tes às vezes podem ter mui­tos atri­tos, os quais serão con­tor­na­dos de manei­ra tran­qui­la ou não.

A famí­lia nas­ce de um encon­tro de duas pes­so­as que se amam ou têm afi­ni­da­des e, com a che­ga­da dos filhos, vão cres­cen­do e ama­du­re­cen­do, de acor­do com o ciclo da vida: nas­cer, cres­cer, enve­lhe­cer e morrer.

Para não mor­rer, a famí­lia pre­ci­sa ser como a pele, órgão do cor­po que tem a mai­or capa­ci­da­de de reno­va­ção. Na famí­lia, reno­va­ção quer dizer ter um com­pro­mis­so recí­pro­co de res­pei­to e admi­ra­ção o tem­po todo.

As célu­las agru­pa­das, for­mam os teci­dos. Os teci­dos, por sua vez, dão ori­gem aos órgãos. E todos jun­tos vão desem­pe­nhar uma deter­mi­na­da fun­ção. A famí­lia, sen­do um gran­de pro­je­to de Deus, deve ser nutri­da dia a dia, como os teci­dos. E todos os mem­bros, agru­pa­dos e uni­dos, tam­bém vão desem­pe­nhar uma fun­ção, que é a de cum­prir o pro­pó­si­to e o sonho de Deus para cada um nes­ta ter­ra: amar, res­pei­tar e obe­de­cer ao Senhor e alcan­çar outras vidas.

O seio da famí­lia deve ser um lugar de acon­che­go, e não de bri­gas; de comu­nhão e cola­bo­ra­ção, e não de dis­pu­tas por poder.

As célu­las se divi­dem, mas não dei­xam de fazer par­te do cor­po, assim como os filhos. Um dia eles vão for­mar suas pró­pri­as famí­li­as, mas terão sem­pre um elo eter­no com a famí­lia de origem.

Ao encer­rar­mos este Mês da Famí­lia, seja esta a nos­sa ora­ção: Senhor, que os Teus olhos este­jam vol­ta­dos dia e noi­te para esta casa e para esta famí­lia, a fim de que o Teu nome seja exal­ta­do. Amém!

adriana_feitosa

Por Adri­a­na Fei­to­sa, inte­gran­te do Minis­té­rio de Casais da Igre­ja Meto­dis­ta em Itaberaba

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