Duvido

Duvi­do que se Pedro vives­se hoje ele faria algum pro­gra­ma radi­ofô­ni­co que ficas­se pedin­do dinhei­ro o tem­po todo para man­ter o pro­gra­ma no ar.

Duvi­do que Pau­lo reu­nis­se o povo de Corin­to, Éfe­so ou Fili­pos para fazer uma gran­de Mar­cha por aque­las cida­des, rei­vin­di­can­do os ter­ri­tó­ri­os que os pés dele pisas­sem e ter­mi­nan­do com um show de toca­do­res de har­pa da época.

Duvi­do que Pau­lo subis­se no Areó­pa­go para pre­gar aos filó­so­fos que ali se reu­ni­am, que a idó­la­tra cida­de de Ate­nas “é do Senhor Jesus”.

Duvi­do que hoje ficas­s­se pedra sobre pedra dos tem­plos sun­tu­o­sos que dis­tri­bu­em óleo, pedra, sabo­ne­te e arru­da. O chi­co­te de Jesus zuni­ria no ar e gen­te assus­ta­da fugi­ria pelos cor­re­do­res de mármore.

Duvi­do que o povo de Jeru­sa­lém que se con­ver­tia ao Senhor Jesus, ouviu algu­ma vez de Pedro, Tia­go e João que a água do rio Jor­dão tinha pode­res mira­cu­lo­sos e as pedras do mon­te das Oli­vei­ras eram sagradas.

Duvi­do que Pedro e João, que cura­ram um coxo na por­ta do tem­plo de For­mo­sa, colo­ca­ri­am ali uma fai­xa pro­me­ten­do cura para todos, escri­to: “Venham hoje na hora nona para o cul­to dos mila­gres com a pre­sen­ça do gran­de ser­vo Pedro”.

Duvi­do que Pau­lo ao final dos cul­tos pedis­se um sacri­fí­cio dos fiéis, come­çan­do pelos mais ricos, falan­do assim: “Quem tem 100 Talen­tos de ouro venha à fren­te… quem tem 50 drac­mas depo­si­te aqui… e ago­ra os pobres que só tem 1 dená­rio podem vir depo­si­tar no gazofilácio”.

Duvi­do que depois da mor­te de Este­vão por ape­dre­ja­men­to, a Igre­ja Pri­mi­ti­va tenha fei­to um cul­to 7 dias depois e acen­di­do velas para enco­men­dar sua alma a Deus e ilu­mi­nar-lhe o caminho.

Duvi­do que Maria se con­si­de­ra­va ima­cu­la­da (con­ce­bi­da sem o peca­do ori­gi­nal), pois ela sabia-se huma­na como todas as outras pes­so­as que nas­ce­ram de homem e mulher, e ela mes­ma em seu can­to expres­sou que Jesus tam­bém era seu Sal­va­dor (Lc 1.47); ima­gi­na-se que quem é ima­cu­la­do não pre­ci­se de Salvador.

Duvi­do que Jesus apro­vas­se as pro­mes­sas que fazem em seu nome, como aca­bar com coles­te­rol, com­pra de casa pró­pria e reti­rar caro­ços no cor­po (cla­ro que Ele pode faze-lo, mas nin­guém pode mar­car hora, dia e lugar para que acon­te­ça. Afi­nal, quem é ser­vo e quem é Senhor?)

Pr. Daniel Rocha

Pr. Dani­el Rocha

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