“Ele [Deus] fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim, ele [ser humano] não consegue compreender inteiramente o que Deus fez” (Eclesiastes 3:11).
Anseio pela eternidade
Certa vez, fazendo a leitura de um livro, saltou aos meus olhos e marcou meu coração a seguinte frase: “Se o que está tirando nossa paz hoje não vai importar na eternidade, porque então permitimos que nos afete tanto, sendo que estamos num mundo passageiro?”.
Na verdade, o original do texto de Eclesiastes que abre esta pastoral diz que “Deus colocou a eternidade no coração do homem”, porém foi traduzido como “anseio pela eternidade”. E isso faz diferença? Sim! Faz diferença. Não precisamos desejar aquilo que já temos. Deus é eterno e nós, como Ele, também somos. Não estou dizendo que somos deuses, mas que Jesus resgatou essa eternidade em nós para que pudéssemos ter comunhão com o Deus eterno e para estarmos aptos a cumprir os propósitos e desígnios d’Ele, que são eternos.
Quando não compreendemos a eternidade que há em nós, sucumbimos aos ataques do príncipe desde mundo e nos entregamos às paixões da carne. Em muitos trechos das cartas do Novo Testamento, podemos perceber que eles apontam um destino, uma intencionalidade para a vida: “Olhando firmemente para o autor e consumidor da nossa fé” (Hb 12:2),”prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:14). E também instruções sobre o que deve ocupar nossa mente e nossa vida: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl 3:2). Eu poderia citar aqui inúmeros textos que nos orientam a viver de acordo com a eternidade que habita em nós.
Então, o que acontece dentro de nós? Por que muitas vezes não percebemos essa eternidade? Por que não vivemos por essa eternidade? A palavra também diz que, neste mundo, estamos apenas de passagem, mas não pertencemos a ele. E sabe por quê? Porque pertencemos à eternidade. O apóstolo Pedro nos afirma que devemos viver como estrangeiros que somos, abstendo-nos dos desejos deste mundo que guerreiam contra a nossa alma (1 Pe 2:11).
Acontece, meus irmãos e irmãs, que as coisas deste mundo tentam constantemente nos tirar do foco, nos intimidar; são situações e circunstâncias que não agregam nada à nossa vida e ainda trabalham contra o propósito do Senhor para nós. Muitas pessoas vêm sendo ludibriadas por propostas, intenções, tentações e sofismas que as têm enganado e feito com que vivam por suas próprias paixões. Acontece que essas situações são temporais, passageiras, e, quando vivemos por elas, deixamos de manifestar o propósito original de Deus e Sua eternidade.
Esta mensagem é um alerta, meus queridos. É tempo de refletirmos e pedirmos ao Espírito Santo, nosso Ajudador, que nos permita enxergar a eternidade que Cristo conquistou para nós, e que está em nós, a fim de vivermos segundo os padrões de Deus, e não de acordo com os padrões deste mundo.
Com muito amor por vocês,
Pastora Tays Rocha