Nada pode nos separar do amor de Deus

Por­que eu estou bem cer­to de que nem a mor­te, nem a vida, nem os anjos, nem os prin­ci­pa­dos, nem as coi­sas do pre­sen­te, nem do por­vir, nem os pode­res, nem a altu­ra, nem a pro­fun­di­da­de, nem qual­quer outra cri­a­tu­ra pode­rá sepa­rar-nos do amor de Deus, que está em Cris­to Jesus, nos­so Senhor” (Rm. 8.38–39).

Um gran­de limi­ta­dor da vida é o tem­po. Qua­se tudo está deli­mi­ta­do por seu “poder”; as pes­so­as, as coi­sas, os sen­ti­men­tos, os valo­res, os luga­res, tudo muda com o pas­sar do tem­po. Cer­ta­men­te Deus é o úni­co que não está sujei­to aos efei­tos do tem­po. Ele foi, é e sem­pre será Deus, eter­no e imu­tá­vel. Deus não muda por cau­sa do tem­po ou por qual­quer outra razão, assim como seus valo­res e cará­ter. A Pala­vra nos afir­ma que Ele é amor, e isso nun­ca vai mudar. A mai­or e mais pro­fun­da pro­va do amor de Deus por toda a Cri­a­ção foi envi­ar Seu filho ao mun­do para mor­rer por nós. O sacri­fí­cio de Cris­to é irre­ver­sí­vel. Nada nem nin­guém pode mudar ou alte­rar aqui­lo que Jesus fez na cruz. Por isso, Ele pró­prio, antes se expi­rar, dis­se: “Está consumado!”(Jo. 19.30).

O após­to­lo Pau­lo, ao escre­ver à igre­ja em Roma, fez ques­tão de dei­xar cla­ro à comu­ni­da­de que nada era capaz de sepa­rá-la do amor de Deus, reve­la­do em Jesus Cris­to. Essa men­sa­gem se dá num con­tex­to de per­se­gui­ção reli­gi­o­sa. O Impé­rio Roma­no havia per­ce­bi­do que as idéi­as do cris­ti­a­nis­mo se opu­nham às suas e por isso ini­ci­ou uma série de inves­ti­das con­tra aque­les que eram cha­ma­dos de cris­tãos. Pau­lo, por sua vez, bus­cou ani­mar e for­ta­le­cer a fé da Igre­ja, dizen­do que nenhu­ma per­se­gui­ção ou coi­sa algu­ma seria capaz de afas­tá-la de Deus, que está aci­ma de tudo e de todos.

Nós tam­bém somos fre­quen­te­men­te aco­me­ti­dos por tem­pos difí­ceis, em que nos­sa fé pre­ci­sa ser for­ta­le­ci­da. Mui­tas coi­sas mudam à nos­sa vol­ta, inclu­si­ve algu­mas que gos­ta­ría­mos que não fos­sem impac­ta­das pelo tem­po, como nos­sos sen­ti­men­tos, por exem­plo. Nem sem­pre esta­mos feli­zes e sabe­mos que toda ale­gria é pas­sa­gei­ra. As coi­sas de que gos­ta­mos tam­bém se des­gas­tam, per­dem seu valor e podem ter um fim. As pró­pri­as pes­so­as são fini­tas. Aque­les que ama­mos e que­re­mos para sem­pre ao nos­so lado um dia irão nos dei­xar. O tem­po, as cir­cuns­tân­ci­as, a vida podem nos sepa­rar daqui­lo ou daque­les que ama­mos, mas nada, abso­lu­ta­men­te nada pode nos sepa­rar do amor de Deus.

Por isso, temos de saber onde está nos­so tesou­ro, pois ali esta­rá o nos­so cora­ção (Mt. 6.21). Pode­mos e deve­mos dar valor às pes­so­as, às nos­sas con­quis­tas pes­so­ais, às coi­sas que nos agra­dam e nos tra­zem bem-estar, mas tudo tem um fim. Se nos lan­çar­mos com­ple­ta­men­te àqui­lo que aca­ba, quan­do isso acon­te­cer tam­bém será nos­so fim. Nos­sa vida, nos­sos pro­je­tos e nos­sos sonhos devem estar base­a­dos na irre­ver­sí­vel imu­ta­bi­li­da­de de Deus. Assim, quan­do as lutas vie­rem, as decep­ções bate­rem à nos­sa por­ta e as per­das forem ine­vi­tá­veis, pode­re­mos con­ti­nu­ar cami­nhan­do, con­fi­an­tes de que Deus está ao nos­so lado e o seu amor nos sus­ten­ta e for­ta­le­ce, con­for­me a pro­mes­sa de Cris­to (Mt. 28.20).

Que vocês, meu irmão e minha irmã, tenham essa cer­te­za con­fir­ma­da e reno­va­da em seu cora­ção, de que Deus nos ama e nada vai mudar isso, pois o que Cris­to fez por nós na cruz não tem vol­ta e terá efei­to até a eternidade.

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e esti­ma pastoral,
Pr. Tia­go Valentin

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