“O Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos a ouvissem…”
(2 Tm 4.17)
Estamos chegando ao fim de 16 anos de um intenso e dedicado trabalho junto à amada igreja em Itaberaba. Tão somente procurei cumprir aquilo para o qual fui chamado e separado por Deus para realizar. E a nossa glória é esta: “o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco” (1Co 1.12). E nesse tempo todo, como diz o apóstolo Paulo, “de ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes” (At 20.33). Reconheço que nada foi fácil, pois as coisas do Reino sempre são conquistadas com esforço, oração, e também algumas lágrimas. Porém, nunca tive dúvidas de que o Senhor ia à nossa frente. Aliás, nenhuma obra de Deus pode ser realizada sem que Ele primeiro nos chame, nos anime e nos capacite.
Na igreja metodista o pastor recebe um chamado, não para uma comunidade específica, mas para o rebanho de Deus. E justamente por isso, afirmo que foi surpreendente, inusitado, e fora dos “padrões” permanecer tanto tempo – 16 anos – num só lugar. Sem sombras de dúvidas houve um claro propósito divino nisso.
Uma das maiores alegrias para um pastor é poder receber para o Corpo de Cristo vidas preciosas. Aqui em Itaberaba, o Senhor alcançou uma nova geração de pessoas, não apenas para constar no livro de rol de membros, mas principalmente para ver escrito seus nomes no Livro da Vida:
Membros recebidos em Itaberaba: 257
Membros recebidos em Sant. Parnaíba: 60
TOTAL: 317
Nesse período, houve também uma grande quantidade de batismos infantis, 22 casamentos, bodas, e também alguns momentos tristes com o falecimento de irmãos/as queridos/as. Preparei e preguei mais de 2 mil sermões e estudos (não importa se você não lembra muitos deles, pois também não nos lembramos do cardápio que nossa mãe nos preparava com tanto carinho, mas sabemos que fomos bem alimentados, e é isso que conta). Por morar a uma considerável distância da igreja, calculamos ter percorrido de carro para realizar a obra mais de 90 mil km (equivalente a 2 voltas na circunferência da Terra).
Porém, muito mais importante que números é aquilo que é imensurável, ou seja, o amor, o carinho, o respeito que sempre eu e minha família vivenciamos neste lugar. Estamos entristecidos, sem dúvida, mas não estamos nos despedindo: haveremos de nos encontrar pelo Caminho, e o meu amor será sempre com todos vós. Um afetuoso beijo no coração de cada um, e contamos com vossas orações a nosso favor!
Com muito carinho,
Pr. Daniel Rocha, Rosely e Danilo