A igreja do futuro

Por­tan­to, não vos inqui­e­teis com o dia de ama­nhã, pois o ama­nhã tra­rá os seus cui­da­dos; bas­ta ao dia o seu pró­prio mal” (Mateus 6:34).

O vir­tu­al aca­bou com a igre­ja? A igre­ja pre­sen­ci­al irá desa­pa­re­cer? Qual será o futu­ro da igre­ja? Ou será que já temos a igre­ja do futu­ro: a “igre­ja virtual”?

Duran­te sécu­los e sécu­los, a igre­ja tem sido alvo de per­se­gui­ções e calú­ni­as. Mas a cul­pa nun­ca foi de Deus; aliás, se for­mos pro­cu­rar um cul­pa­do pelos des-igre­ja­dos, des-via­dos e des-gar­ra­dos, cer­ta­men­te vere­mos que a res­pon­sa­bi­li­da­de não é de Deus, e sim do que estão fazen­do em nome de Deus na igre­ja. Deus sem­pre fez a par­te d’Ele; nós é que esta­mos com mui­ta difi­cul­da­de de fazer a nos­sa par­te. Nos­sa par­te é sim­ples: fazer a nos­sa parte!

Infe­liz ou feliz­men­te a Igre­ja é fei­ta de pes­so­as, e pes­so­as são imper­fei­tas, por mais que bus­quem o Deus per­fei­to que pode aper­fei­çoá-las. É por esse moti­vo que tan­tos erros são come­ti­dos. A pro­pó­si­to, acre­di­to que na por­ta de cada igre­ja deve­ria haver uma pla­ca com a seguin­te fra­se: “É proi­bi­da a entra­da de pes­so­as per­fei­tas”.

Não pode­mos fazer vis­tas gros­sas aos erros come­ti­dos pela igre­ja ao lon­go da his­tó­ria, mas tam­bém não pode­mos igno­rar o fato de que essa igre­ja que todos cri­ti­cam e ape­dre­jam, que­ren­do cru­ci­fi­cá-la como fize­ram com Cris­to, tem impac­ta­do e reno­va­do vidas que que­rem e pre­ci­sam de trans­for­ma­ção. Não pode­mos esque­cer que a igre­ja ain­da é o canal que o Espí­ri­to San­to usa para comu­ni­car a cada indi­ví­duo, a cada famí­lia, a cada cida­de e a cada nação a fé, a espe­ran­ça, o amor e a vida que está em Cris­to Jesus.

Creio que o futu­ro da igre­ja está total­men­te liga­do às pes­so­as que fazem par­te dela, pois a igre­ja não é o pré­dio, não é a pla­ca e mui­to menos a dou­tri­na; a igre­ja do futu­ro somos nós! Igre­ja não é um lugar ao qual esta­mos indo, mas aqui­lo em que esta­mos nos tornando!

A igre­ja é um cor­po cole­ti­vo de Cris­to; Ele é a cabe­ça e cada um de nós é mem­bro des­se cor­po. Os cris­tãos são: uma famí­lia para o Pai, um cor­po para o Filho e um tem­plo para o Espírito!

Como no ver­sí­cu­lo cita­do na aber­tu­ra des­ta pas­to­ral, o dia de ama­nhã vem tra­zen­do com ele duas coi­sas: os seus cui­da­dos e o seu pró­prio mal. Seja por qual des­sas situ­a­ções a igre­ja este­ja pas­san­do, ela nun­ca dei­xa­rá de ser igre­ja; nem a con­di­ção de igre­ja vir­tu­al muda­rá isso – só for­ta­le­ce­rá, des­de que os cris­tãos não se aco­mo­dem nem dei­xem de se con­gre­gar (cf. Hb 10:25), nun­ca se esque­cen­do de que ser igre­ja é estar com o outro. Até por­que o iso­la­men­to e o como­dis­mo nun­ca farão bem para a igre­ja nem para a nos­sa fé.

Enquan­to hou­ver um(a) cristão(ã), um(a) discípulo(a) de Cris­to de ver­da­de, sem­pre irá exis­tir um futu­ro para a igre­ja, pois o ama­nhã per­ten­ce a Deus, como tam­bém a igre­ja a Ele pertence!

Um abra­ço de seu ami­go e pastor,

Rev. Isra­el Rocha

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