No último domingo (25/5), finalizamos a campanha de oração e jejum “Amando Como Jesus Nos Ama”, que teve a duração de três meses. Cabe, portanto, nos perguntarmos: será que essa campanha alcançou seu objetivo? Será que aprendemos a amar como Jesus nos ama?
Primeiramente a avaliação de uma campanha de oração e jejum é muito relativa e subjetiva. Para começar, não sabemos quem de fato participou e se empenhou em orar, jejuar e refletir sobre a importância do amor em nossa vida. A campanha não foi desenvolvida de maneira a forçar quem quer que seja a aderir a ela. Tratava-se, isto sim, de uma escolha pessoal e intransferível. Temos dificuldade de avaliar essa campanha porque, a princípio, seus ganhos não podem ser computados de maneira concreta e explícita. A ação de Deus em nossas vidas é íntima, espiritual e pessoal.
Não sabemos quem participou da campanha e nem o que aconteceu na vida dessas pessoas, mas cremos, pela fé, que quem teve a humildade de reconhecer sua imperfeição e incapacidade de amar como Jesus e que, por isso, fez parte da campanha teve uma excelente oportunidade de ser tratado(a), moldado(a) e aperfeiçoado(a) pelo amor do Senhor.
Uma vez que nossos preconceitos, medos e prejulgamentos vão sendo diluídos no nosso ser, nossa forma de ver o mundo e especialmente as pessoas se altera, pois passamos a nos relacionar a partir da ótica e da prática do amor de Jesus. Esses resultados podem vir a curto, médio e longo prazo, mas uma coisa é certa: Deus é fiel e justo para completar todas as Suas obras.
Contudo, penso que a mais relevante de todas as reflexões que podemos fazer neste tempo pós-campanha é que em três meses é impossível aprendermos a amar como Jesus nos ama. Seria uma tremenda ilusão dizer que “agora sim, sabemos amar de verdade”. O que Deus tem para nos acrescentar em termos de aprimoramento, ajuste e santificação levará toda uma vida. Então por que fazer uma campanha desse gênero? A finalidade primordial é destacarmos um princípio espiritual e nos sensibilizarmos para a sua prática. Ao nos propormos a orar e jejuar por três meses por amor, estamos dizendo para nós mesmos, para a comunidade e especialmente para Deus que queremos mais do Seu amor em nossas vidas e relacionamentos, uma vez que o foco de nossa busca, é nos tornamos mais sensíveis à ação do Espírito Santo e, assim, mais parecidos com Jesus.
Como pastor, posso dizer que já podemos ver pequenos sinais em resposta a esse tempo de busca e consagração. De fato, não sabemos amar como Jesus e ainda há muito para Deus nos moldar e convencer. Mas lembro aqui a passagem bíblica em que Jesus pergunta a Pedro se ele O ama. Apesar de Pedro não conseguir corresponder o amor do Mestre na mesma intensidade, Jesus diz a ele: “Apascenta minhas ovelhas”. Em outras palavras: “Pedro, eu conheço suas imperfeições, mas, mesmo você me amando de forma limitada, eu desejo usar sua vida. Vá e transmita meu amor”.
Que possamos continuar orando e pedindo a Deus: “Ensina-me a amar como o Senhor”. E que em cada oportunidade que Ele nos der possamos nos tornar canais da Sua cura, libertação e graça.
No amor de Cristo,
Pr.. Tiago Valentin