“Somos filhos da graça divina sem par, / frutos do amor que nos veio alcançar. / Graça que livra da morte e pecado, / por ela nós somos reconciliados. /Superabundante graça! / Somos filhos da graça, de Cristo Jesus, / tirados das trevas para o reino da luz. / Assim somos santos, justificados, / e um dia seremos glorificados.”
O músico cristão Asaph Borba sintetizou poeticamente, nessa curta, mas profunda canção, a amplitude da graça de Deus. A canção está baseada principalmente no texto bíblico de
Romanos 5.20: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
À luz das Escrituras, Asaph destaca que somos filhos da graça, a vida que temos é concedida pela graça de Deus e Ele é o autor da todas as coisas. Por isso somos fruto da Sua boa vontade e do Seu amor.
Essa mesma graça nos alcança onde e como estivermos, não importando se fazemos ou não parte de uma igreja. Podemos até não crer na existência de Deus, mas isso não altera o fato de que Deus nos ama. É por conta desse amor incondicional e incomparável que podemos crer que a graça de Deus nos livra da morte. Pela obra graciosa de Deus em Cristo Jesus, fomos presenteados com a vida eterna. A morte já não pode mais subjugar os filhos e filhas de Deus. Uma vez salvos, também somos perdoados e, por meio desse perdão, alcançamos a reconciliação com o Pai e voltamos a ser um com Ele.
Essa obra grandiosa e maravilhosa é de mérito exclusivo de Cristo Jesus. Ele é a expressão concreta do amor e da graça de Deus por toda a Criação. Ao entendermos e passarmos a crer nessa graça, nossa vida sofre uma mudança radical, pois somo transportados do reino das trevas para o reino da luz. Nossos valores, visão, sentimentos e realidade são transformados pela graça de Deus. Enquanto vivemos sem a consciência dessa graça, estamos presos a um reino de trevas, um reino des-graçado. Mas, quando reconhecemos que Jesus é nosso senhor e salvador, nossa vida é iluminada pela graça de Deus.
Não sei se é do conhecimento de todos(as), mas o cantor Asaph Borba foi metodista durante muito tempo e certamente em suas canções há influência da visão wesleyana do reino de Deus. Não há nada mais metodista do que dizer ou cantar que cremos na justificação, na santificação e na glorificação. Assim nós cremos e devemos cantar que Jesus nos justifica, que o Espírito Santo nos santifica e que um dia na glória estaremos com o Pai.
Cantemos pois, com alegria e convicção, que a superabundante graça de Deus nos alcançou!
Com carinho e estima pastoral,
Pr. Tiago Valentin