Quando o PG é lugar de fazer amigos

Bár­ba­ra e seu PG: “mais che­ga­dos que irmãos”

Bom, como qua­se nin­guém me conhe­ce, gos­ta­ria de come­çar pela minha apre­sen­ta­ção. Meu nome é Bár­ba­ra, mas podem me cha­mar de Babi. Sou “recém-che­ga­da” a esta igre­ja, se levar­mos em con­ta o tem­po de igre­ja de algu­mas pes­so­as e famí­li­as aqui. Che­guei à Meto­dis­ta em Ita­be­ra­ba por vol­ta de setem­bro de 2018 e tive o pra­zer de conhe­cer a Bia, que me recep­ci­o­nou pela pri­mei­ra vez, e logo depois a Lau­ra e a Nai­a­ne, que me con­vi­da­ram a conhe­cer o PG 13. Vim de uma igre­ja de cos­tu­mes dife­ren­tes e não fazia ideia sobre o que era e como era um peque­no grupo.

De setem­bro de 2018 para cá, estu­da­mos dis­ci­pli­nas espi­ri­tu­ais, e o que me impres­si­o­nou mui­to foi uma aula espe­cí­fi­ca que ocor­reu já em 2019 e que era sobre soli­tu­de. Foi num momen­to bem espe­cí­fi­co da minha vida e me fez ver meu rela­ci­o­na­men­to com Deus de outra for­ma; me fez enten­der que Deus que­ria par­ti­ci­par inclu­si­ve dos meus momen­tos mais ínti­mos de dis­tra­ção e alegria.

Com o tem­po, o tema mudou e o nos­so PG come­çou a tra­tar sobre doen­ças da alma. Foi incrí­vel! Eu havia aca­ba­do de rece­ber alta de um tra­ta­men­to de ansi­e­da­de e o tema me pegou de jei­to, relem­bran­do pon­tos impor­tan­tes pra me man­ter sau­dá­vel. Sim, a aula sobre ansi­e­da­de doeu bas­tan­te. Já aque­la sobre ego­cen­tris­mo nos aju­dou a per­ce­ber qual é a nos­sa fé – se pro­fes­sa­mos a fé em Cris­to ou em nós mesmos.

Mas o que me mudou de fato foi algo nas entre­li­nhas dos estu­dos sobre comu­nhão. Sin­ce­ra­men­te, eu não sabia que a comu­nhão pode­ria ser assim. Eu pen­sa­va que ela seria um rela­ci­o­na­men­to exclu­si­va­men­te vol­ta­do para o cul­to, no qual nos­sa ver­da­dei­ra opi­nião deves­se sem­pre estar vela­da. E o que apren­di com o PG foi o opos­to. Ale­gria, como diria C.S.Lewis, é a par­te séria do céu, e, sin­ce­ra­men­te, tenho usu­fruí­do dis­so. Pes­so­as que oram comi­go, que par­ti­ci­pam das minhas dores, que comem comi­go, que bagun­çam jun­to, que jogam até domi­nó, que pas­sei­am, mas que tam­bém me ensi­nam e me corrigem.

Quan­do me colo­quei em posi­ção de apren­der, todos eles me ins­truí­ram. Me ensi­na­ram a tomar ati­tu­des, a con­fi­ar mais em Deus, a dar pas­sos de fé. Me mos­tra­ram que, real­men­te, em meio a mui­tos con­se­lhos encon­tra­mos a sabe­do­ria. Me ensi­na­ram a me entre­gar à voz do Senhor, cren­do que Ele me guar­da­rá… Em todos os tes­te­mu­nhos, tenho vis­to a gra­ça do Eter­no e fico feliz de que hoje eu tam­bém pos­sa tes­te­mu­nhar, em meio ao caos, a bon­da­de de ter ami­gos mais che­ga­dos que irmãos.

Enfim, lem­bro que em feve­rei­ro de 2019 eu ain­da não havia fei­to ami­gos na igre­ja e até então tinha difi­cul­da­des, pois sou um tan­to tími­da. Porém, no final do mes­mo ano, nas féri­as do PG, já havía­mos cri­a­do tal hábi­to de con­vi­vên­cia que pas­sa­mos a nos encon­trar não ofi­ci­al­men­te, para que ocor­res­se a melhor coi­sa do cor­po de Cris­to: a comu­nhão. Mas não era um encon­tro sem pro­pó­si­to, não. Eram qua­se PGs não ofi­ci­ais, pois a ale­gria do Senhor é vici­an­te e per­ce­be­mos que nos­sa comu­nhão só exis­te por­que Ele par­ti­ci­pa de tudo. Era joga­ti­na de Jen­ga, dis­cu­tin­do a Pala­vra; eram pas­sei­os com direi­to a devo­ci­o­nais; enfim…

Esse PG me ensi­nou que somos cura­dos quan­do expo­mos nos­sas feri­das, que não pos­so ser cura­da enquan­to me tran­co no quar­to e que, quan­do divi­do minha dor, o far­do fica bem mais leve.

Apren­di a amá-los por quem são e enten­di que em Deus pode­mos ser nós mes­mos e que somen­te sere­mos cura­dos e mol­da­dos quan­do todas as nos­sas defe­sas e arma­du­ras forem reti­ra­das, per­mi­tin­do uma ação integral.

Por Bár­ba­ra Fer­nan­da, mem­bro da Igre­ja Meto­dis­ta em Itaberaba

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