No decorrer da nossa trajetória social, ao longo da vida, costumamos desenvolvemos parcerias, as quais nos dão suporte em vários aspectos de nossa caminhada. São os amigos da escola, com quem dividimos a incumbência dos estudos e pesquisas; são os companheiros do futebol, que vibram conosco quando nosso time faz um gol e ainda dividem a felicidade de um gol numa “pelada”; tem ainda os amigos do serviço, com os quais, ao final do expediente, compartilhamos experiências; e, por fim, os parceiros a quem denominamos irmãos.
Ao analisarmos o texto de Tiago 5:16, encontramos uma excelente recomendação para o estabelecimento e a prática de um relacionamento saudável por meio da confissão e da oração. Nesse sentido, o texto pressupõe que alguém deve confessar-se a outro disposto a ouvir; ainda assim, somente ouvir não é o bastante, pois a cura só se estabelece de fato após a oração. A confissão é parte essencial nos processos de cura. Ao confessarmos, somos desafiados a encarar nossas fraquezas e limitações, além de reconhecer que dependemos de Deus. Confessar significa pôr para fora, externar algo. A confissão produz em nós a alegria gerada pelo perdão concedido por Deus e a certeza da nossa justificação (Sl 32:5).
Ainda assim, somos tentados a nos calarmos diante de tal necessidade. Acovardamo-nos e tememos nos expor diante de Deus e dos irmãos de fé. O salmista deixa evidente que essa não é uma escolha sábia: “Enquanto me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido o dia todo. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio” (Sl 32:3–4).
A oração, entre outras definições, é o mecanismo básico para nos relacionarmos com Deus. É por meio dela que nos achegamos ao Senhor. Ao orarmos a Deus, nós nos tornamos mais íntimos d’Ele e, quando oramos com um irmão, os vínculos de amor e fé são aperfeiçoados. A confissão por meio da oração deve ser vista como uma ferramenta que subsidia condições para a efetiva cura das nossas feridas. Estar ligado a um parceiro de oração fortalece a igreja, gera comunhão, desenvolve em cada um o senso de responsabilidade, contribui para que a vontade de Deus seja estabelecida e nos leva a derrubar as muralhas, vencer os gigantes e atravessar o mar.
Há momentos, porém, em que a confissão adquire caráter individual (Mt 6:6). É na exposição a Deus que nos despimos de nossas máscaras e desfrutamos do mais belo e perfeito relacionamento. Quando nos achegamos a Ele e provamos da Sua graça, somos impelidos a repartir o Seu amor com o próximo.
Por fim, o Salmo 133 nos diz que onde há união o Senhor ordena a benção. E essa unidade só pode ser gerada e alcançada por meio da oração que encontra na confissão a condição propícia para outorgarmos a Deus o direito de retirar de nós qualquer embaraço ou pecado que nos torne “doentes” e infrutíferos. A oração é, portanto, a chave da vitória.
E aí? Você já tem um parceiro de oração?
Seminarista Edmilson Oliveira