Neste mês de junho, estamos comemorando uma data muito especial para a nossa igreja: os cinco anos de implantação e funcionamento dos PGs, os pequenos grupos de discipulado. No início dos anos 2000, a Igreja Metodista no Brasil decidiu dar prioridade e ênfase à prática bíblica do discipulado. Diversas ações e iniciativas foram implementadas para que, em todo o país, as comunidades locais pudessem se organizar e realinhar suas prioridades e ênfase missionária.
Desse modo, a Igreja Metodista em Itaberaba também adotou a dinâmica do discipulado. Fizemos isso não só por sermos uma igreja conexional, mas principalmente porque entendemos que a vivência do discipulado é de suma importância para a nossa comunidade de fé. Talvez possamos questionar: mas a Igreja Metodista até então não achava importante o discipulado? Na verdade, não existe igreja sem a prática do discipulado, pois essa é a essência da nossa Missão: “Ide, fazei discípulos” (Mt 28:19). Na verdade, a opção da Igreja foi dar ênfase a essa prática, desenvolvendo‑a com intencionalidade. Assim, o discipulado deixou de ser algo aleatório e inerente.
Discipulado significa basicamente a busca por ser semelhante a Jesus. É no discipulado que Deus, pela ação do Espírito Santo, restaura em nós Sua imagem e semelhança. No discipulado, somos aperfeiçoados e desafiados a pensar, falar, agir, viver como Jesus. As diferentes áreas, ministérios e atividades da Igreja contribuem para esse processo, mas é necessário priorizar e sistematizar o discipulado. Jesus celebrava nas sinagogas, orava, jejuava, pregava, mas também ensinava a Seus discípulos por meio do exemplo. Relacionando-se com eles, Jesus sinalizava o amor, a graça e o poder de Deus.
Por isso, entendemos que participar dos ministérios da igreja, frequentar a Escola Dominical e o culto solene e contribuir de diversas formas com a obra de Deus são coisas fundamentais. Mas, sem a ênfase do discipulado, sempre ficará faltando algo, pois esse relacionamento intencional na busca por ser igual a Jesus não pode ser aleatório.
Muitos são os frutos destes cinco anos de ênfase no discipulado na nossa comunidade. Cito alguns: maior entrosamento entre as pessoas da igreja; inclusão na vivência comunitária de pessoas que tinham uma relação muito superficial com a igreja; exclusão de atividades que não contribuíam efetivamente para o cumprimento da Missão; despertamento de novas lideranças; fortalecimento da Escola Dominical; valorização do próximo, sobretudo dos marginalizados; e crescimento no número de membros e na arrecadação. E, o mais importante: aqueles e aquelas que estão envolvidos com o discipulado têm, de maneira diferenciada, crescido na fé, avançado no temor do Senhor, santificado suas vidas e amadurecido espiritualmente.
Infelizmente, começamos com 16 grupos e hoje estamos com 12; apenas 50% dos membros da igreja estão participando ativamente de um pequeno grupo. Poderíamos ser uma igreja ainda mais forte, relevante e madura se toda a comunidade ou pelo menos todos os que podem estivessem discipulando alguém e envolvidos num pequeno grupo.
A Palavra de Deus diz que aquilo que é d’Ele permanece. Cremos que a dinâmica dos PGs é de Deus e por isso estamos rompendo a barreira dos cinco anos. Mas ainda há muito mais de Deus para nós! O caminho para avançarmos de maneira exponencial na fé como pessoas e como comunidade é um único: o discipulado.
Um forte abraço,
Tiago Valentin, pastor