No último dia 15 de outubro, comemorou-se no Brasil o Dia do(a) Professor(a), que alguns dizem ser a profissão das profissões. Certamente, essa é uma das atividades mais importantes em uma sociedade e, no caso da brasileira, uma das mais desprestigiadas, especialmente por parte dos governantes. Todas as pessoas que exercem uma atividade profissional passaram um dia pelas mãos de um(a) professor(a). Sou grato pela vida dos meus professores, desde a primeira, Tia Evelyn, até o grande Dr. Milton Schwantes, uma das maiores autoridades em Antigo Testamento no mundo, que foi meu professor na Faculdade de Teologia. Todos contribuíram grandemente para a minha formação e crescimento.
Se pudéssemos enquadrar Jesus numa profissão do nosso tempo, não seria a de pastor, coach, político ou psicólogo. O mais provável seria identificá-lo como Professor, ou, como Ele era chamado durante Seu ministério terreno, Mestre. Muitas são as evidências registradas nos Evangelhos que nos dão base para dizer que a atividade preferencial exercida por Jesus era a de ensinar a quem quisesse aprender. Sua postura, Suas escolhas, Seu modus operandi e, principalmente, Seu ensino e Suas palavras conferiram a Ele o título de Mestre. O ensino de Jesus é tão poderoso e relevante que até hoje, por meio do estudo da Bíblia, continuamos aprendendo com Ele.
Falando um pouco do contexto da nossa comunidade local, é importante lembrar que a Palavra de Deus e seu estudo são prioridades para a nossa igreja. Afinal, a própria declaração de Visão da Igreja Metodista em Itaberaba destaca isso: “Ser reconhecida como uma igreja intercessora, que celebra e adora ao Deus vivo, com amor à Palavra[…]”.
Ao orientar Seus discípulos sobre a iminência da Sua morte e, portanto, do cumprimento das profecias na Palavra de Deus, Jesus lhes declarou: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24:35). Ou seja, Jesus garante que as coisas podem perder seu sentido ou até mesmo deixar de existir, mas há algo que é imutável, que jamais vai se alterar e que se cumprirá integralmente: o que Ele ensinou por meio da Sua Palavra. Se conhecermos e entendermos a Sua Palavra e firmarmos nossos passos em Seus ensinos e promessas, viveremos com segurança, resiliência e fé.
Poderia elencar muitas experiências de aprendizagem por meio da Palavra em minha vida pessoal e ministerial, bem como na caminhada da nossa igreja, mas vou citar apenas um exemplo muito marcante e relevante: a construção do templo em Santana de Parnaíba! Deus nos deu uma direção muito clara a esse respeito, nossas ações tiveram como base não os nossos sentimentos e sonhos, mas, sobretudo, o texto bíblico de Isaías 54:1–5.
Baseados nesse texto, rompemos em fé durante quatro anos. Sim, o processo desde a escolha do terreno até o fim da construção durou todo esse tempo! Muitos foram os percalços, os reveses, as frustrações, as preocupações. Se não tivéssemos algo muito sólido em que nos agarrarmos, certamente não teríamos conseguido ir até o fim.
E essa Palavra continua sendo vivida por nós ainda hoje. O verso 4 declara: “Não serás envergonhada”. Um dos desafios que envolveram a construção do templo de Santana foi a questão financeira. Para finalizarmos a obra, foi preciso fazer um empréstimo que está sendo pago desde 2018 e se encerrará em meados de 2023. O mais surpreendente é que, durante a pandemia e em meio a tantas crises, inclusive financeira, não deixamos de pagar um mês sequer a parcela desse empréstimo. Deus não nos deixou e não nos deixará passar vergonha!
Quantas lições e quanto aprendizado durante esse período! Verdadeiramente, Jesus continua nos ensinando por meio da Sua Palavra. Que possamos todos continuar aprendendo com o Mestre e com os mestres que passaram e passarão por nossas vidas!
Do amigo e pastor,
Tiago Valentin