Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. João 8.12
Uma das grandes marcas neste tempo de Natal é o brilho das luzes. Aonde quer que vamos, lá estão os luminosos, pisca-piscas e, para os mais modernos, leds enfeitando e iluminando casas, praças, monumentos, lojas e tantos outros lugares que as pessoas, com muita criatividade, enchem de brilho para dizer que o Natal está chegando.
No primeiro Natal, uma luz muito brilhante também teve grande destaque e exerceu um importante papel: a estrela que guiou os reis magos (Mt. 2:1–12). Há algumas teorias a respeito do que seria essa estrela que sinalizou o caminho até Belém e, consequentemente, até Jesus. Alguns teólogos e estudiosos da Bíblia dizem que essa estrela não passa de um mito; outros afirmam que a estrela na verdade era um anjo, que, por ser tão brilhante, parecia um astro celeste.
Uma teoria muito interessante diz que, nos primeiros anos da era cristã, um fenômeno astronômico de singular grandeza ocorreu: alguns planetas do Sistema Solar ficaram alinhados por alguns meses, dando a impressão de que um astro de grande porte havia se formado. Esse alinhamento, somado ao reflexo da luz do Sol, dava a impressão de ser uma grande estrela até então não identificada nem visualizada. A verdade é que algo com o aspecto de uma estrela surgiu no céu e indicou aos reis magos o caminho até Jesus o Senhor da luz.
Quase dois mil anos depois, vivemos um tempo em que há muitas luzes indicando inúmeros caminhos. Os atrativos e apelos visuais são incalculáveis e nossa atenção é atraída o dia todo por muitas coisas que tentam nos seduzir.
A luz é um dos símbolos do Natal, já que Jesus assim se identificou, conforme o capítulo 8 do Evangelho de João. Por isso, durante o Advento, fazemos uso na igreja de uma coroa com velas que são acesas progressivamente, sinalizando que a luz de Cristo mais uma vez vai brilhar em nossos corações. Mas o que as luzes que iluminam o comércio no Natal querem sinalizar? Será que todas essas luzes apontam o caminho para Cristo ou servem apenas para nos atrair para dentro das lojas, mercados e shoppings?
Nós, que temos o entendimento de que a luz do Natal deve indicar apenas a fonte de toda luz, que é o próprio menino Deus, devemos ter um consciência cristã coerente e não podemos nos entregar plenamente aos atrativos e apelos das luzes que tentam iluminar o mundo. Nossa postura é determinante para que aqueles que ainda vivem nas trevas percebam por meio de nós e possam compreender que há muitas luzes indicando diversos caminhos e destinos, mas só uma delas pode clarear nossa visão para enxergar o verdadeiro sentido do Natal.
Que Deus nos ilumine e nos use para sermos farol na vida de muitos e muitas que precisam da luz de Cristo!
Com carinho e estima pastoral,
Pr. Tiago Valentin