Ela está grávida

Então, dis­se Maria: Aqui está a ser­va do Senhor; que se cum­pra em mim con­for­me a tua pala­vra. E o anjo se ausen­tou dela” (Lc. 1:38)

Esta é uma notí­cia que sem­pre cau­sa reper­cus­são. Anun­ci­ar a gra­vi­dez de uma mulher é sem­pre sur­pre­en­den­te, pois não há nenhum meio de pre­ver quan­do uma con­cep­ção vai acon­te­cer. Dize­mos que isso fica a car­go da natu­re­za e da von­ta­de de Deus. O anún­cio de uma gra­vi­dez gera expec­ta­ti­vas, dúvi­das e sonhos. A pre­sen­ça de uma cri­an­ça traz ale­gria para o ambi­en­te em que ela está. É por isso que, na gran­de mai­o­ria das vezes, a notí­cia da vin­da de uma nova vida a este mun­do é sinô­ni­mo de ale­gria para aque­les que a rece­bem. Mas para quem não nutria esse dese­jo, a gra­vi­dez pode ser um gran­de susto.

No caso de Maria, ocor­reu uma mis­tu­ra de todos esses sen­ti­men­tos e sen­sa­ções. Pode­mos ima­gi­nar o que se pas­sou em seu cora­ção, quan­do um anjo entrou em seu quar­to e decla­rou: “Eis que con­ce­be­rás e darás à luz um filho, a quem cha­ma­rás pelo nome de Jesus” (Lc. 1:31). Pode­mos até conhe­cer his­tó­ri­as sur­pre­en­den­tes de anún­ci­os de gra­vi­dez, mas cer­ta­men­te nenhu­ma se com­pa­ra à vin­da de Jesus.

Maria, uma meni­na pro­me­ti­da a José, ain­da vir­gem, rece­be a visi­ta de um men­sa­gei­ro de Deus para lhe tra­zer a boa nova de que ela havia sido esco­lhi­da para ser a pro­ge­ni­to­ra do Seu Filho. Há mui­tos mis­té­ri­os e são inú­me­ros os des­do­bra­men­tos teo­ló­gi­cos que envol­vem esse even­to. Deus se reve­la mais uma vez como um ser sur­pre­en­den­te ao envi­ar Seu Filho ao mun­do fazen­do uso de uma mulher frá­gil, impo­ten­te e inca­paz aos olhos humanos.

E esse agir sobre­na­tu­ral per­ma­ne­ce ain­da hoje sobre nós. Deus con­ti­nua dese­jan­do usar Seus filhos e filhas para dar à luz. Nes­te caso, nós homens tam­bém somos gra­ci­o­sa­men­te trans­for­ma­dos em veí­cu­los de um pro­ces­so ges­ta­ci­o­nal pelo qual todos os homens e mulhe­res que car­re­gam den­tro de si a vida eter­na estão incum­bi­dos de, espe­ci­al­men­te no Natal, dei­xar a luz de Cris­to trans­pa­re­cer em suas vidas.

Deus con­tou com Maria para tor­nar con­cre­to Seu amor pela huma­ni­da­de e hoje con­ta conos­co para anun­ci­ar e viven­ci­ar esse amor, que tem seu ápi­ce na figu­ra do Filho. Maria assu­miu uma pos­tu­ra bas­tan­te ousa­da, levan­do em con­ta o con­tex­to em que vivia, sen­do uma vir­gem pro­me­ti­da a um homem, e tam­bém por con­ta do teor do anún­cio. A des­pei­to de todos esses fato­res e de outros que pode­ri­am com­pro­me­tê-la, enver­go­nhá-la e expô-la, ela esco­lheu dizer que Deus podia con­tar com ela e que ela con­fi­a­ria na Sua vontade.

Que nes­te Natal pos­sa­mos dizer como Maria: “Aqui está o(a) teu(tua) servo(a)”. E per­mi­tir que, por meio do poder do Espí­ri­to San­to, nos­sas pala­vras, ati­tu­des e ges­tos demons­trem que Jesus nas­ceu e foi acei­to como nos­so salvador!

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e esti­ma pastoral,
Pr. Tia­go Valentin

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