Hoje, as igrejas protestantes celebram no mundo todo o Dia da Reforma. Em 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero iniciava um movimento para trazer a Igreja à pureza original do cristianismo, segundo as Escrituras. Um tempo de profundas e inadiáveis mudanças.
Lutero é um dos homens sobre os quais se pode dizer que sua obra mudou profundamente a história do mundo. Não era um articulador político e muito menos um ativista social. Influenciava as pessoas pelo poder de uma profunda fé, resultante de sua inabalável confiança em Deus.
Nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, na Alemanha. Graduou-se como mestre em artes em 1505, começando, também nesse período, seus estudos na área de direito. Sete anos depois (1512), receberia o grau de doutor em teologia. Apesar de todo esse preparo, não foram seus conhecimentos nas áreas do direito, da teologia ou das artes que o levaram a promover profundas mudanças na Alemanha e, consequentemente, no mundo, e sim as mudanças que ocorreram dentro dele mesmo provocadas pela ação do Espírito Santo, que o convenceu da condição pecaminosa de sua vida e da Igreja à qual servia.
O movimento reformista de Lutero começou primeiro dentro do seu coração, dentro da sua mente e no mais íntimo do seu caráter. Uma igreja que reconhece suas falhas e limitações e deseja renovação e santificação é fruto de homens e mulheres que buscam ardentemente ter seus caracteres transformados pelo Espírito Santo. Talvez possamos com facilidade elencar dezenas de mudanças pelas quais as igrejas protestantes de hoje – e, por que não dizer, nossa própria denominação – precisam passar.
O fato é que sim, precisamos com urgência de novos Luteros, Calvinos, Spurgeons e Wesleys, homens e mulheres transformados por Deus que tenham a coragem de promover as mudanças de que a Igreja precisa. Na verdade, podemos constatar em diversos lugares do mundo, e também no Brasil, movimentos reformistas com forte ênfase na solidez e elucidação bíblica, nas práticas de uma fé cristocêntrica e principalmente sensível e submissa à ação do Espírito Santo. Glória a Deus por isso! Há mudanças que são necessárias, há mudanças que são urgentes em nossa vida e na vida da Igreja.
Minha oração é para que o Senhor continue a consolidar uma geração menos apegada aos formatos e mais preocupada em se agarrar com todo afinco e convicção aos fundamentos da Palavra e do Cristo revelado por ela. Que o Senhor da Igreja não deixe de nos reformar, de nos mudar dia a dia, de dentro para fora, pois só assim seremos a resposta que o mundo precisa: uma Igreja que corresponda ao chamado de Deus de ser sal e luz no mundo!
Do amigo e pastor,
Tiago Valentin