Maranata!

A Segun­da Vin­da”,
por Har­ry Anderson

Neste tem­po de pan­de­mia que esta­mos viven­do, tenho sido leva­do a pen­sar o quão pró­xi­ma está a vin­da do nos­so Sal­va­dor – ou melhor, sua segun­da vin­da. Já ouvi algu­mas teo­ri­as que ten­tam esti­mar quan­do isso ocor­re­rá, mas, ao ser ques­ti­o­na­do por Seus dis­cí­pu­los sobre quan­do seria a ple­ni­tu­de do Seu rei­no, o pró­prio Jesus res­pon­deu o seguin­te: “Não vos com­pe­te saber as épo­cas ou as datas que o Pai esta­be­le­ceu por sua exclu­si­va auto­ri­da­de” (At 1:70). Por­tan­to, toda espe­cu­la­ção sobre quan­do Ele vol­ta­rá é vazia em si mesma.

Jesus tam­bém nos aler­tou sobre os sinais que con­fi­gu­ra­ri­am o cená­rio da Sua segun­da vin­da: “Acau­te­lai-vos, que nin­guém vos enga­ne. Por­que mui­tos virão em meu nome, dizen­do: Eu sou o Cris­to; e enga­na­rão a mui­tos. E ouvi­reis de guer­ras e de rumo­res de guer­ras; olhai, não vos assus­teis, por­que é mis­ter que isso tudo acon­te­ça, mas ain­da não é o fim. Por­quan­to se levan­ta­rá nação con­tra nação, e rei­no con­tra rei­no, e have­rá fomes, e pes­tes, e ter­re­mo­tos, em vári­os luga­res. Mas todas estas coi­sas são o prin­cí­pio das dores” (Mt 24:4–8).

Como diz o filó­so­fo Mario Ser­gio Cor­tel­la, é pre­ci­so ter cau­te­la!. Não sabe­mos quan­do será a segun­da vin­da do Senhor; o que temos é um con­tex­to des­cri­to por Jesus que pode mui­to bem ser iden­ti­fi­ca­do com o sécu­lo pas­sa­do e com o que esta­mos viven­do hoje, mas não há uma data. A res­pei­to dis­so, só temos uma cer­te­za: Ele virá! “Por­tan­to, vigi­em, por­que vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor. […] Assim, vocês tam­bém pre­ci­sam estar pre­pa­ra­dos, por­que o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos espe­ram” (Mt 24:42 e 44).

Mas será que temos essa cer­te­za? É como diz a pri­mei­ra estro­fe do hino A Men­sa­gem Real: “Sou foras­tei­ro aqui / Em ter­ra estra­nha estou / O Céu já ante­vi / Pos­suí-lo, enfim, eu vou / Embai­xa­dor, por Deus/ Do Rei­no lá dos Céus/ Venho em ser­vi­ço do meu Rei”. Somos foras­tei­ros nes­te mun­do, ou seja, nos­so lar é celes­ti­al e por isso esta­mos de pas­sa­gem “ape­nas” para cum­prir uma missão.

Con­tu­do, mui­tas vezes nos dei­xa­mos sedu­zir pelo bri­lho e pelas luzes des­ta vida ter­re­na e fugaz. “Não ajun­teis tesou­ros na ter­ra, onde a tra­ça e a fer­ru­gem tudo con­so­mem, e onde os ladrões minam e rou­bam; mas ajun­tai tesou­ros no céu, onde nem a tra­ça nem a fer­ru­gem con­so­mem, e onde os ladrões não minam nem rou­bam” (Mt 6:19–20). Limi­ta­mos nos­so olhar a esta vida e ao que pode­mos usu­fruir dela, e ine­vi­ta­vel­men­te nos tor­na­mos, nas pala­vras do após­to­lo Pau­lo, homens infe­li­zes: “Se a nos­sa espe­ran­ça em Cris­to se limi­ta ape­nas a esta vida, somos os mais infe­li­zes de todos os homens” (1 Co 15:19).

Nos­sa mai­or espe­ran­ça, e o que deve­ria mudar com­ple­ta­men­te nos­so olhar sobre a vida e sobre como a des­fru­ta­mos, é a con­vic­ção de que Jesus, nos­so sal­va­dor, nos­so reden­tor, nos­so rei, vai vol­tar para nos res­ga­tar. Há um novo céu e uma nova ter­ra nos aguar­dan­do e Jesus está pre­pa­ran­do lugar para nós: “E quan­do eu for, e vos pre­pa­rar lugar, virei outra vez, e vos leva­rei para mim mes­mo, para que onde eu esti­ver este­jais vós tam­bém” (Jo 14:3).

Não can­so de ima­gi­nar que pode­re­mos viver num lugar face a face com o Senhor! E “Ele enxu­ga­rá dos seus olhos toda lágri­ma. Não have­rá mais mor­te, nem tris­te­za, nem cho­ro, nem dor, pois a anti­ga ordem já pas­sou” (Ap 21:4).

Por isso, não dei­xe de decla­rar, com fé e espe­ran­ça: “Mara­na­ta! Vem, Senhor Jesus”!.

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Tia­go Valentin

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