Neste tempo de pandemia que estamos vivendo, tenho sido levado a pensar o quão próxima está a vinda do nosso Salvador – ou melhor, sua segunda vinda. Já ouvi algumas teorias que tentam estimar quando isso ocorrerá, mas, ao ser questionado por Seus discípulos sobre quando seria a plenitude do Seu reino, o próprio Jesus respondeu o seguinte: “Não vos compete saber as épocas ou as datas que o Pai estabeleceu por sua exclusiva autoridade” (At 1:70). Portanto, toda especulação sobre quando Ele voltará é vazia em si mesma.
Jesus também nos alertou sobre os sinais que configurariam o cenário da Sua segunda vinda: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio das dores” (Mt 24:4–8).
Como diz o filósofo Mario Sergio Cortella, é preciso ter cautela!. Não sabemos quando será a segunda vinda do Senhor; o que temos é um contexto descrito por Jesus que pode muito bem ser identificado com o século passado e com o que estamos vivendo hoje, mas não há uma data. A respeito disso, só temos uma certeza: Ele virá! “Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor. […] Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam” (Mt 24:42 e 44).
Mas será que temos essa certeza? É como diz a primeira estrofe do hino A Mensagem Real: “Sou forasteiro aqui / Em terra estranha estou / O Céu já antevi / Possuí-lo, enfim, eu vou / Embaixador, por Deus/ Do Reino lá dos Céus/ Venho em serviço do meu Rei”. Somos forasteiros neste mundo, ou seja, nosso lar é celestial e por isso estamos de passagem “apenas” para cumprir uma missão.
Contudo, muitas vezes nos deixamos seduzir pelo brilho e pelas luzes desta vida terrena e fugaz. “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6:19–20). Limitamos nosso olhar a esta vida e ao que podemos usufruir dela, e inevitavelmente nos tornamos, nas palavras do apóstolo Paulo, homens infelizes: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15:19).
Nossa maior esperança, e o que deveria mudar completamente nosso olhar sobre a vida e sobre como a desfrutamos, é a convicção de que Jesus, nosso salvador, nosso redentor, nosso rei, vai voltar para nos resgatar. Há um novo céu e uma nova terra nos aguardando e Jesus está preparando lugar para nós: “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14:3).
Não canso de imaginar que poderemos viver num lugar face a face com o Senhor! E “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21:4).
Por isso, não deixe de declarar, com fé e esperança: “Maranata! Vem, Senhor Jesus”!.
Do amigo e pastor,
Tiago Valentin