Hoje vou lhes escrever muito pouco. Vou me reportar aos tempos em que ficava horas assistindo inúmeras vezes ao filme O Rei Leão; meus filhos, ainda pequenos, queriam vê-lo uma, duas, dez vezes no mesmo dia – e eu adorava a companhia amiga e carinhosa deles.
Hakuna matata, bordão de grande destaque no filme, é dito na língua suaíli e literalmente significa “não há problemas”, ou, buscando uma aproximação com o latim, carpe diem – “colha o dia”, aproveite o dia!
Pois bem, nestes dias tão conturbados, em que somos atormentados pelas mazelas familiares, pelo desemprego, por regimes políticos que nos frustram e roubam nossa esperança, pela dor e agonia das doenças, enfim, por tantas causas que tiram nossa paz, temos que encontrar alento e sustento em uma força maior: a graça, a paz, o bem e a esperança de Cristo, sim!
Aproveitando a onda desta semana em que os cinemas começam a exibir o filme O Rei Leão, será muito importante pensarmos e meditarmos nesta expressão: “Hakuna matata!”. A Bíblia nos fala que em Jesus encontramos a paz que excede toda a compreensão humana; ela nos fala também da paz que é o árbitro dos nossos corações; e ainda nos diz que Jesus, após desejar a paz, soprou o Espírito Santo sobre algumas pessoas: “‘Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio.’ E com isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebam o Espírito Santo’” (Jo 20:21–22).
Estes e outros textos revelam-nos um Deus que é pastor e em todo tempo invoca sobre nós a paz. Ele quer que vivamos essa paz em meio ao caos que muitas vezes nos rodeia; e não é uma paz qualquer, é paz que excede o entendimento, as circunstâncias e os ciclos da vida. A paz que vem de Deus busca nos aproximar da esperança e nos leva a acreditar que de fato “não há problemas” que possam nos separar de Seu amor e graça.
Pois bem, para todos nós nesta semana e para a vida, hakuna matata, paz e todo o bem! Que no amor de Deus possamos descansar em paz!
Segue a Bênção Irlandesa como refrigério para o corpo e para a alma:
“Que o caminho seja brando a teus pés,
o vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre a tua face,
as chuvas caiam serenas em teus campos.
E, até que eu de novo te veja,
que Deus te guarde na palma de Sua mão.”
Até a volta!
Por Dílson Júlio da Silva, teólogo e membro da Igreja Metodista em Itaberaba