Fundo do poço!

A água che­gou à altu­ra da minha cabe­ça; eu pen­sei: ‘Che­gou o meu fim’. Mas lá no fun­do do poço, cla­mei pelo Seu nome, e o Senhor me ouviu; não fechou os Seus ouvi­dos aos meus gri­tos por socor­ro” (Lamen­ta­ções 3: 54–56).

Todos nós nos lem­bra­mos de momen­tos som­bri­os em nos­sas vidas. Momen­tos em que luta­mos, duvi­da­mos, cho­ra­mos. Mas exis­te um outro pon­to mais impor­tan­te, que trans­for­ma tudo. É o momen­to em que nos damos con­ta de que Deus ain­da age em nos­sas vidas e que Ele é bom.

Lamen­ta­ções 3:22–23 regis­tra o momen­to de vira­da nos sen­ti­men­tos do pro­fe­ta, o ins­tan­te em que ele pas­sa do deses­pe­ro à con­fi­an­ça: “As mise­ri­cór­di­as do Senhor são a cau­sa de não ser­mos con­su­mi­dos, por­que as Suas mise­ri­cór­di­as não têm fim; reno­vam-se a cada manhã. Gran­de é a Tua fidelidade”.

Che­gar ao fun­do do poço não é diver­ti­do, mas as cri­ses ofe­re­cem opor­tu­ni­da­des de cres­ci­men­to e de ser­vi­ço. Todos nós pas­sa­mos por momen­tos difí­ceis para que pos­sa­mos apren­der a ver­da­dei­ra­men­te con­fi­ar n’Ele.

Veja: quan­do opta­mos por con­fi­ar em Deus, mes­mo quan­do não há nenhu­ma evi­dên­cia con­cre­ta de Sua pre­sen­ça, demons­tra­mos fé ver­da­dei­ra. Essa fé não é reve­la­da somen­te a Deus, mas é um pode­ro­so tes­te­mu­nho dian­te de todos aque­les que viram pelo que passamos.

Deus per­mi­te que venha­mos a estar frá­geis para que Ele pos­sa Se mos­trar for­te em nos­sas vidas; Ele per­mi­te nos sin­ta­mos peque­ni­nos para que Ele pos­sa Se mos­trar gran­de em nós.

Quan­do estou fra­co é que sou for­te!” (2 Co 12:10).

Essa decla­ra­ção do após­to­lo Pau­lo é fun­da­men­tal para todas as coi­sas. Ser um cris­tão sig­ni­fi­ca ser que­bran­ta­do e con­tri­to. Não caia no erro de pen­sar que você vai supe­rar isso nes­ta vida. Esse prin­cí­pio mar­ca a vida dos filhos ale­gres de Deus até o dia em que eles mor­re­rem. Nós somos que­bran­ta­dos e con­tri­tos ao lon­go de todo o cami­nho para casa – a menos que o peca­do tome o orgu­lho­so lugar de domínio.

Os sacri­fí­ci­os que agra­dam a Deus são um espí­ri­to que­bran­ta­do; um cora­ção que­bran­ta­do e con­tri­to, ó Deus, não des­pre­za­rás” (Sal­mo 51:17).

O que­bran­ta­men­to e a con­tri­ção não são con­tra a ale­gria, o lou­vor e o tes­te­mu­nho. São, na ver­da­de, o sabor da ale­gria, do lou­vor e do tes­te­mu­nho cristão.

Pr. Lucas Gomes

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