“Descendo a uma cidade samaritana, Filipe proclamou a Mensagem do Messias. Quando o povo ouviu sua pregação e viu os milagres – claros sinais da ação de Deus –, eles se apegaram a cada palavra. Pessoas que não podiam ficar em pé nem andar foram curadas naquele dia. Os espíritos malignos protestavam e faziam estardalhaço, mas eram expulsos. Houve muita alegria naquela cidade!” (Atos 8:3–8 – A Mensagem: Bíblia em Linguagem Contemporânea).
“Pedro Cura o Mendigo Coxo”,
por Bernardo Strozzi (séc. XVII)
O livro de Atos não mostra simplesmente os atos dos apóstolos em si, mas, sim, os atos do Espírito Santo por meio da vida dos apóstolos que por Ele foram batizados. O texto é claro em nos indicar que muitos sinais e prodígios eram realizados, pois a Mensagem anunciada era a verdade libertadora. Se entendemos que a Bíblia é a Palavra de Deus e a revelação da Sua vontade em Cristo Jesus, temos de concordar expressamente que milagres, curas, libertações e sinais fazem parte da realidade de um cristão verdadeiro. Por isso, cabe aqui a pergunta: por que hoje não vemos mais tais sinais se sucederem tão recorrentemente em nossas vidas e igrejas?
Talvez, a primeira explicação que nos passe pela cabeça seja a manipulação da fé de muitos feita única e exclusivamente pela supervalorização desses sinais. Muitas igrejas (entendam, nem todas) estão cheias de pessoas que querem sentir arrepios, ver curas, gente falando em línguas e profetas trazendo revelações. Muitos(as) estão apenas atrás disso, das bênçãos e dos favores que Deus lhes pode dar. Talvez por isso, pela exploração indevida de milagres, muitos de nós passamos a duvidar se sinais e prodígios são algo de fato vindo da parte do Senhor.
Essa superexposição de prodígios também causa um efeito contrário, sobretudo em muitos dos cristãos de confissão mais tradicional. Precisamos entender que existem sim milagres, curas, libertações, profecias, mas todos com um único propósito: que o incrédulo veja e conheça o poder de Deus. Sim! Os milagres são sinais para quebrantar aqueles que descreem no poder de Deus.
Isso não quer dizer que os que já são crentes em Jesus não podem desfrutar de tais sinais. Mas um cristão maduro não vive pelos sinais, e sim pela Palavra. E é essa Palavra que nos faz entender que, como cristãos maduros, devemos e podemos promover prodígios por meio do Espírito Santo de Deus em nós e pelo nome de Jesus.
O livro de Atos mostra que os apóstolos tinham uma vida de piedade, com intenso tempo de oração, de estudo e anunciação da Palavra. E era essa piedade que lhes revelava o poder do Espírito Santo e os levava a exercer esse poder com fé e ousadia.
O Espírito Santo está disponível para nós e continua a nos encher para que possamos ser agentes de milagres. Para tanto, é preciso ter fé! Por isso, crer em milagres, em sinais e em prodígios é para aqueles que têm intimidade com a presença de Deus.
A igreja precisa, sim, vivenciar os milagres. Isso a enche de fé e esperança, move‑a na perseverança e contagia os descrentes, levando-os a se achegar ao único e verdadeiro Deus. Precisamos então nos fazer as seguintes perguntas: temos crido em milagres? Temos visto sinais e prodígios? Temos realizado tais sinais?
Eu creio em milagres! E você? Desejo ardentemente que a nossa igreja, eu e você, possamos viver um tempo de avivamento da nossa fé, a fim de que tenhamos a mesma ousadia dos apóstolos e possamos ministrar curas, sinais e prodígios àqueles que estão à nossa volta. E que isso sirva de testemunho para que muitos venham a crer!
Encha-se de fé e viva os milagres de Deus!
Com amor, Pastorinha.
Laura Valentin