“Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerra; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não será o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares” (Mateus 24:5–7).
Há algum tempo tenho a convicção e a direção de Deus sobre o que Ele quer de nós como pastores e, ouso dizer, sobre o ministério pastoral, numa ampla visão para os dias em que vivemos. Como pastores do século 21 e diante deste mundo/tempo, creio que Deus nos chamou a fim de equiparmos a igreja para a volta de Jesus. Não que não houvesse a necessidade disso antes ou que antes a igreja não precisasse viver nesta expectativa, mas cada vez mais percebemos a Palavra se cumprir no que diz respeito à gloriosa vinda do Senhor Jesus. Sim! Sua vinda será gloriosa, mas os dias que antecedem esse acontecimento serão difíceis. Se percebermos bem, os sinais da volta de Jesus já acontecem há algum tempo, mas me parece que, a cada dia, a cada mês e a cada ano que se passa, eles ficam mais evidentes.
Aonde quero chegar com isso? Como disse, creio que meu dever e vocação como pastora é apontar para a igreja a direção em que devemos caminhar para enfim estarmos com o Senhor. Então, de forma sucinta, quero dar aqui duas direções sobre tudo que temos ouvido e visto nos últimos dias.
1. A Igreja não pode ficar apática diante das circunstâncias! Não podemos fingir que não sabemos o que está acontecendo, pois recebemos da parte de Deus uma direção e um posicionamento para quando tudo isso acontecer. No verso 4 do capítulo 24 de Mateus, Jesus nos alertou para que ficássemos atentos a fim de não sermos enganados. Um cristão apático, uma igreja apática não se atenta para os sinais, não percebe a revelação que o Espírito Santo tem trazido; não vive, apenas sobrevive; não se importa, não sente a dor, não sente a alegria; enfim, uma igreja apática não cumpre de fato o seu chamado e, portanto, não existe razão para a sua existência. Vamos lá, meus irmãos! Não sejamos apáticos, não sejamos mornos ou frios! Jesus está voltando, e os acontecimentos exigem uma resposta de nós. Somos filhos! “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8:19).
2. Não permita que o medo tome seu coração: persevere! Se, de um lado, não podemos ficar apáticos, do outro, não podemos deixar que tanta informação, ou desinformação, traga medo e terror para o meio da igreja. Jesus teve essa séria conversa com os discípulos por uma única razão: posicionamento. Não foi pra gerar expectativas, frustração ou medo. Estamos na era da tecnologia, e com ela a informação chega muito rápido. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, pois qualquer um hoje é portador de uma informação, até os mal informados. Vejo que isso tem causado muitos transtornos na sociedade e, consequentemente, na igreja, gerando especulações, medo e pavor.
O medo nos tira do centro da vontade de Deus; o medo nos ludibria e nos leva a viver por ele, tirando Deus do centro de nossas vidas. Assim, passamos a agir por impulso, sem uma definida ordem de Deus, e a viver sem clareza nem objetivo. Vejo hoje uma infinidade de igrejas que vivem assim, com medo, sem direção e sem objetivos claros, apelando para qualquer isca a fim de angariar fiéis; são igrejas acovardadas em ensinar o evangelho do Reino, em trazer a revelação da Palavra da Verdade, igrejas que não têm perseverado. Nós não podemos ser assim! Nós temos um chamado, uma vocação como igreja, uma perspectiva de vida, pois carregamos o que de mais poderoso pode existir.
E vocês, como têm vivido? O medo tem roubado sua perseverança? Novamente digo a vocês, vamos lá gente! Em Mateus 24:13, o Senhor Jesus diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.
Esta é minha palavra para vocês. Não sejam apáticos e não tenham medo. Jesus está em nós e continua a se manifestar por meio de nós!
Amo vocês, por decisão e convicção do coração.
Pra. Tays Rocha