Alegria!

Mas o fru­to do Espí­ri­to é: amor, ale­gria, paz, lon­ga­ni­mi­da­de, benig­ni­da­de, bon­da­de, fide­li­da­de, man­si­dão, domí­nio pró­prio (Gála­tas 5.21–22).

A ale­gria é fru­to do Espí­ri­to. Segun­do o dici­o­ná­rio, “ale­gria” sig­ni­fi­ca con­ten­ta­men­to, satis­fa­ção, júbi­lo. Mui­tas situ­a­ções e moti­vos nos levam a expe­ri­men­tar esse sen­ti­men­to, mas a ale­gria gera­da pelo sen­ti­men­to huma­no e a gera­da pelo Espí­ri­to dife­rem em quê?

A ale­gria cris­tã, aque­la que vem e está em Cris­to, não dife­re em sua essên­cia da ale­gria comum, pois tam­bém sig­ni­fi­ca con­ten­ta­men­to, satis­fa­ção, júbi­lo. A dife­ren­ça subs­tan­ci­al está na moti­va­ção. A ale­gria cris­tã é fru­to da nos­sa cer­te­za de que a pes­soa de Cris­to está pre­sen­te em nos­sas vidas, da atu­a­ção do Espí­ri­to San­to em nós e por meio de nós e da segu­ran­ça que temos de que a bên­ção e o zelo de Deus são per­ma­nen­tes sobre os Seus filhos e filhas.

O pas­tor e escri­tor nor­te-ame­ri­ca­no John MacArthur defi­ne a ale­gria do cris­tão como um ato for­mal em res­pos­ta ao cará­ter de Deus. Ele diz que a ale­gria come­ça por­que sabe­mos que nos­so Deus é sobe­ra­no, amá­vel, mise­ri­cor­di­o­so, oni­po­ten­te, onis­ci­en­te e oni­pre­sen­te. Diz que somos ale­gres por­que conhe­ce­mos a Deus e Ele nos conhece.

Por isso, pode­mos afir­mar, pela fé, que “a ale­gria do Senhor é a nos­sa for­ça” (Ne 8:10). Pode­mos, em meio à guer­ra, encon­trar paz, que pro­duz espe­ran­ça em nos­sos cora­ções e sor­ri­so em nos­sos lábi­os, fru­tos de uma genuí­na ale­gria. Não base­a­mos nos­sa ale­gria nas cir­cuns­tân­ci­as, mas na cer­te­za de que Deus está conos­co e é sobe­ra­no sobre todas as coisas.

Em Gála­tas 5:22, o após­to­lo Pau­lo nos fala do fru­to do Espí­ri­to San­to, e uma das carac­te­rís­ti­cas do Espí­ri­to ali cita­da é a ale­gria. Isso dei­xa cla­ro que a ação do Espí­ri­to San­to em nos­sas vidas pro­duz esse sen­ti­men­to. É Ele que nos unge com o “óleo da ale­gria” (Is 61:3).

O teó­lo­go esco­cês Wil­li­am Bar­clay des­cre­ve o cris­tão como uma pes­soa ale­gre. Um cris­tão per­ma­nen­te­men­te tris­te seria uma con­tra­di­ção com a essên­cia do cris­ti­a­nis­mo, pois cre­mos que todos(as) aqueles(as) que abri­ram seu cora­ção para Cris­to rece­be­ram, por esse ato, a unção do Espí­ri­to San­to sobre suas vidas. É cer­to que somos peca­do­res, e o peca­do gera tris­te­za. Os sinais de mor­te pro­du­zi­dos pelo peca­do geram tris­te­za; um mun­do que vive lon­ge da gra­ça divi­na é um mun­do tris­te. Con­tu­do, cre­mos que o per­dão redi­me todo peca­do e devol­ve a ale­gria ao arre­pen­di­do e contrito.

Nada pode aca­bar com a nos­sa ale­gria, pois ela inde­pen­de das adver­si­da­des e das mudan­ças que há no mun­do. A base da nos­sa ale­gria é o pró­prio Senhor, que é o mes­mo ontem, hoje e sempre.

Creio que esse enten­di­men­to levou o após­to­lo Pau­lo a afir­mar: “Entris­te­ci­dos, mas sem­pre ale­gres; pobres, mas enri­que­cen­do a mui­tos; nada ten­do, mas pos­suin­do tudo” (2 Co 6:10).

A ale­gria nas­ce da pre­sen­ça de Cris­to e de nos­sa comu­nhão com Ele. Que essa ale­gria ple­na e indes­tru­tí­vel seja real em nos­sas vidas!

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e esti­ma pastoral,
Rev. Tia­go Valentin

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