O Evangelho de Mateus, no capítulo 1, versículo 21, afirma: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”
Sabemos que, quando veio à terra, Jesus o fez de uma forma simples, para ensinar a humildade. Durante Sua jornada, fez muitos milagres, sinais, prodígios e maravilhas. Morreu numa cruz, para que os pecados de todos fossem perdoados, a fim de podermos obter a salvação eterna. E, após o terceiro dia, ressuscitou, vencendo a morte.
Nas quatro semanas que antecedem o Natal, somos chamados a cultivar algumas virtudes fundamentais para a vida cristã: a alegria, a esperança, a conversão e a simplicidade.
A alegria tem seu fundamento numa certeza: em Jesus Cristo, Deus cumpre Suas promessas. O nascimento de Jesus é uma festa alegre para os homens e mulheres que Ele veio salvar e que O acolheram.
No Advento, toda a Igreja é chamada a viver a virtude da esperança. Esse período procura educar-nos a ser fortes e pacientes, aceitando a hora da provação e a lentidão no desenvolvimento do Reino – uma esperança que confia no Senhor.
O Advento é tempo de conversão. Não saborearemos a verdadeira alegria nem teremos esperança se não retornarmos ao Senhor de todo o coração, na expectativa de Sua volta. O cristão é filho da luz e, por isso, permanece acordado e resiste às trevas, símbolo do mal.
Outra virtude própria do Advento é a simplicidade. Simples e pobres, no sentido bíblico, não são somente os que não têm os bens necessários para uma vida digna; são também aqueles que confiam unicamente em Deus e se apoiam totalmente n’Ele. Essas pessoas têm como disposições fundamentais a humildade, o temor de Deus e a fé.
Fecho esta reflexão com um breve poema.
Natal sem Anjos
Pensamos muito na figura dos anjos, árvores, velas…
Um espírito de harmonia nos envolve, nos convida à paz.
Mas será que esse espírito vai nos acompanhar para além do Natal?
Natal sem anjos! Sim, esta é a minha oração.
Que, no Natal de todos os dias, você, Jesus,
possa ser o Emanuel, o Deus encarnado, o Deus conosco.
Que, no Natal de todos os dias,
você possa dar o riso e a alegria para os que choram.
Que, no Natal de todos os dias,
você possa acalmar e alentar os que sofrem e sentem dores.
Que, no Natal de todos os dias,
você possa caminhar ao lado dos solitários e abandonados.
Que, no Natal de todos os dias,
você nos ensine e nos faça ver, no amigo, no irmão, o Teu rosto.
Que, no Natal de todos os dias,
nós percebamos que, em esperança solidária, você está e estará conosco sempre.
Que, no Natal de todos os dias,
nós não necessitemos de anjos, árvores ou velas,
mas tenhamos os corações sempre abertos
para que o Consolador e Príncipe da Paz possa habitar conosco.
Jesus Cristo, a verdadeira razão do Natal!
Seminarista Lucas Gomes