SOS para os cristãos do futuro!

Esses dias, eu me lem­brei daque­las gar­ra­fas com men­sa­gem de res­ga­te e fiquei pen­san­do em man­dar uma para os cris­tãos do futuro.

Deus tem um novo tem­po para cada um de nós. Quan­do olha­mos para nos­so pre­sen­te e vemos as difi­cul­da­des que enfren­ta­mos, acha­mos que a fase difí­cil pare­ce não pas­sar. Mas tudo pas­sa. O tem­po huma­no é pas­sa­gei­ro, mas o tem­po de Deus é per­ma­nen­te e eterno.

A reco­men­da­ção bíbli­ca, sin­te­ti­za­da pelo após­to­lo Pau­lo quan­do escre­veu sua car­ta aos cris­tãos de Roma, é sim­ples: “Não se amol­dem ao padrão des­te mun­do, mas trans­for­mem-se pela reno­va­ção da sua men­te, para que sejam capa­zes de expe­ri­men­tar e com­pro­var a boa, agra­dá­vel e per­fei­ta von­ta­de de Deus” (Rm 12:2). Atra­vés dos sécu­los de reve­la­ção bíbli­ca, a Pala­vra de Deus a Isra­el e à Igre­ja foi sem­pre esta: “Olhai para mim, e sereis sal­vos” (Is 45:22a).

Toda­via, para o futu­ro do cris­tão e da igre­ja, a ten­dên­cia à acul­tu­ra­ção tem esta­do pre­sen­te no coti­di­a­no do povo de Deus ao lon­go da his­tó­ria. Pro­fe­tas do pas­sa­do e pre­ga­do­res do pre­sen­te têm sido voca­ci­o­na­dos por Deus para aler­tar isra­e­li­tas e cris­tãos sobre o cui­da­do neces­sá­rio no rela­ci­o­na­men­to soci­o­cul­tu­ral. O escri­tor da car­ta aos hebreus cris­tãos enfa­ti­zou: “Dei­xe­mos todo emba­ra­ço e o peca­do que tão de per­to nos rodeia e cor­ra­mos, com paci­ên­cia, a car­rei­ra que nos está pro­pos­ta, olhan­do para Jesus, autor e con­su­ma­dor da fé” (Hb 12:1b-2a). E o pro­fe­ta Jere­mi­as já havia pro­cla­ma­do: “Não apren­dais o cami­nho das nações” (Jr 10:2a). E expli­ca­do: “Os cos­tu­mes reli­gi­o­sos das nações são inú­teis” (Jr 10:3a). Viver com sabe­do­ria o aqui e o ago­ra, para não se afas­tar do pro­pó­si­to de Deus, e fir­mar-se na rea­li­za­ção ple­na da von­ta­de do Senhor são os gran­des desa­fi­os da fé bíbli­ca, da fé cristã.

Que não cai­a­mos na arma­di­lha de que as nos­sas von­ta­des se amol­dam a Cris­to, quan­do, na ver­da­de, ”já não sou eu quem vive, mas Cris­to vive em mim”! (Gl 2:20). Aliás, “tudo me é per­mi­ti­do, mas nem tudo con­vém; tudo me é per­mi­ti­do, mas eu não dei­xa­rei que nada me domi­ne” (1 Co 6:12).

Num tem­po em que o amor de mui­tos se esfria, Deus nos cha­ma para viver um novo tem­po de uma igre­ja cujos mem­bros são real­men­te cor­po d’Ele, e não de si mes­mos, e que se supor­tam uns aos outros em amor.

O pro­ces­so de con­tex­tu­a­li­za­ção reque­ri­do por mui­tos entre o povo de Deus é peri­go­so, vis­to que, em sua atu­a­li­za­ção da fé, o cris­tão, a igre­ja, pode per­der Jesus de vis­ta. Um sinal dis­so é a tre­men­da pola­ri­za­ção que vive­mos, tiran­do total­men­te o foco de Jesus.

Não temos per­mis­são para mudar o pas­sa­do, mas não pre­ci­sa­mos con­de­nar nos­so futu­ro por cau­sa dele. Lem­bre­mo-nos sem­pre: o melhor ain­da está por vir! Exis­tem pes­so­as que ape­nas vivem da repu­ta­ção do pas­sa­do ou se lamen­tam por aqui­lo que o pas­sa­do lhes tirou. Mas os ver­da­dei­ros “bons tem­pos” ain­da irão acontecer.

Que essa men­sa­gem de SOS da gar­ra­fa che­gue a você e o(a) faça pen­sar e, quem sabe, mudar.

Pas­tor Lucas Gomes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.