Dias atrás, ouvi num telejornal que 2016 será o “ano das incertezas”. Os analistas econômicos não sabem precisar o que acontecerá no mercado financeiro e, consequentemente, qual será o impacto nas finanças pessoais de cada brasileiro. Já os cientistas políticos não sabem dizer qual é a solução para o cenário político do Brasil; há quem diga que o impeachment é a solução, enquanto outros são veementemente contra. Dúvidas e mais dúvidas geram um clima de tensão e de profunda insegurança; as pessoas estão com medo de investir financeiramente, de perder o emprego amanhã, de engravidar, de continuar sonhando…
Esse cenário é muito parecido com o que é relatado nos Evangelhos. Naquela época, as pessoas tinham medo de quase tudo, os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, o clima de incerteza era generalizado e a economia, a cultura, a política e a religião estavam em crise. A resposta de Deus para aquele contexto foi incisiva: Jesus.
Ao enviar Seu Filho ao mundo, Deus o fez com a intensão de que, por meio de Jesus, Sua vontade passasse a ser feita na terra, assim como o era no céu. Por isso, cremos que Jesus inaugurou o reino de Deus, isto é, começou a trazer de volta todo o universo criado por Deus para o Seu controle de fato e de direito.
É evidente que, muito embora Deus tenha soberania sobre todo o universo que criou, Seu domínio ainda não é completo, de modo que muitas coisas que ainda acontecem no mundo contrariam Sua perfeita vontade. O Novo Testamento fala da era vindoura e do porvir – o tempo quando o reino de Deus será consumado, e todos os Seus filhos estarão à mesa para a celebração final. O reino de Deus a ser consumado no futuro já está inaugurado na pessoa e na obra de Jesus Cristo. Jesus é o portador do reino de Deus e, em Cristo, todos já podemos experimentar os primeiros frutos da ação soberana de Deus na história e no universo. Por esta razão, podemos dizer que a vida cristã se processa no equilíbrio entre o “já” e o “ainda não”.
A Igreja, por sua vez, é uma extensão do ministério de Jesus, ou seja, deve produzir os mesmos frutos por meio dos quais Jesus sinalizava a chegada do reino de Deus. Não estou falando de sinais e milagres, e sim dos frutos do ministério de Jesus, quando as pessoas eram reconciliadas com Deus e libertas da escravidão aos espíritos da maldade, tendo suas vidas completamente restauradas – corpo, alma, espírito e suas relações e circunstâncias.
A Igreja Metodista, como ramo da Igreja de Cristo, caracteriza-se por sua paixão evangelística, procurando proclamar as boas novas de salvação a todas as pessoas, no poder do Espírito Santo, por meio do testemunho e do serviço prestados pela Igreja ao mundo, em nome de Deus, O metodismo demonstra permanente compromisso com o bem-estar da pessoa não só espiritualmente, mas também em seus aspectos sociais.
Portanto, a Igreja é a resposta de Deus a este mundo e a este tempo. Num cenário de tantas incertezas, no qual tantas camadas e esferas sociais estão de tal modo deterioradas, o reino de Deus, que visa a restauração do ser humano e do meio em que ele vive, é o melhor caminho, pois esse reino não se detém no aqui e agora, mas nos leva a crer no lá e além.
Que em 2016 a Igreja Metodista em Itaberaba seja a resposta de Deus para muitas pessoas, para o nosso bairro e para a nossa cidade!
Buscando ser a resposta de Deus,
Rev. Tiago Valentin