Purim: resistência e celebração (Quaresma de 2020)

Fes­ta de Purim”,
por Sarah Yehu­dit Sch­nei­der (2007)

Hoje con­cluí a lei­tu­ra do livro de Ester, con­for­me o Espí­ri­to San­to me con­du­ziu esta sema­na. Os capí­tu­los 9 e 10 des­se livro falam de luta, resis­tên­cia e cele­bra­ção. Aos judeus foi con­ce­di­da a opor­tu­ni­da­de de resis­tir, de se defen­der. Hou­ve guer­ra, hou­ve per­das, hou­ve des­gas­te, mas ocor­reu a vitó­ria. O inte­res­san­te é que o des­po­jo não foi toca­do (Et 9:10 e 16). O intui­to não era adqui­rir rique­zas, mas, sim, pre­ser­var a vida.

Em tem­pos de coro­na­ví­rus, o intui­to é o mes­mo: pre­ser­var vidas! Enquan­to há uma pre­o­cu­pa­ção dos gover­nan­tes com a eco­no­mia (o que não nego ser tam­bém rele­van­te), o mais impor­tan­te, de fato, é a vida. Nos­sa luta mai­or é para man­ter a vida; não cabe aqui a manu­ten­ção do enri­que­ci­men­to de pou­cos. O que cabe é um mover de soli­da­ri­e­da­de e dis­tri­bui­ção de ren­da por meio do qual os mais favo­re­ci­dos olhem para os mais necessitados.

A Fes­ta de Purim, uma cele­bra­ção pelo livra­men­to dos judeus que vivi­am na Pér­sia da des­trui­ção total decre­ta­da pelo rei Assu­e­ro, mas ins­ti­ga­da por seu minis­tro Hamã, foi deter­mi­na­da entre os dias 14 e 15 do mês de Adar (pala­vra hebrai­ca cog­na­ta de adir, que sig­ni­fi­ca for­ça). O curi­o­so é que o Espí­ri­to me levou a asso­ci­ar esses 14, 15 dias com o perío­do de “qua­ren­te­na” de quem está com a covid-19. São 14 dias para o vírus ceder; no déci­mo quin­to dia, há vitó­ria, há cele­bra­ção, já não há mais peri­go de con­tá­gio e a saú­de é res­ta­be­le­ci­da, a for­ça é devol­vi­da. É tem­po de festa!

Sim, esta­mos em luta! Deus nos con­ce­deu estra­té­gi­as para ven­cer o ini­mi­go: ficar em casa é resis­tir! Não tomar nenhum des­po­jo (ou seja, dimi­nuir o con­su­mo) é pre­ser­var a vida naqui­lo que é essen­ci­al: o pneu­ma, o fôle­go de vida!

Nada é mais pre­ci­o­so do que a vida. Deus, em Seu infi­ni­to amor, está pos­si­bi­li­tan­do às nações uma chan­ce de res­sig­ni­fi­car a exis­tên­cia fir­ma­da naqui­lo que ver­da­dei­ra­men­te impor­ta e que é essen­ci­al: vida e rela­ci­o­na­men­to.

Obri­ga­da, Abba, por fazer novas as Suas pala­vras e usá-las para, de gera­ção em gera­ção, nos exor­tar, nos con­so­lar e nos edi­fi­car. Come­ce em mim um novo olhar, come­ce em mim um novo viver. A vida e como des­fru­tá-la é o que mais importa!

Te amo, Deus!

Da Pas­to­ri­nha,

Pra. Laura

Lau­ra Valentin

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