“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis” (Êxodo 25:8–9).
Já ouviram a história ilustrativa do irmão confeiteiro que passou a vida toda preparando um maravilhoso bolo de chocolate para Jesus? Pois é, uma vez li num livro essa estória, que me chamou muito a atenção. Esse irmão passou a vida toda dedicando-se com muito zelo a coletar os melhores ingredientes para aquele bolo, a aprimorar suas habilidades, a verificar a melhor temperatura para o forno e todas as outras etapas para enfim entregar a Jesus o melhor bolo de chocolate que ele poderia fazer. Um dia, esse irmão parte para a glória. Crente e salvo, ele vai para o céu e lá é recepcionado por ninguém menos do que Jesus. Naquele momento sublime, ele apresenta para o seu Mestre o maravilhoso bolo de chocolate que ele Lhe havia preparado com a dedicação de uma vida inteira. E então ouve de Jesus: “Mas não te avisaram? Eu gosto é de bolo de baunilha!”.
Quando Deus pediu a Moisés que subisse ao monte Sinai, Ele foi claro sobre quais eram as Suas intenções e o Seu desejo com aquilo. Foi no monte Sinai que Deus entregou a Moisés as tábuas da Lei e também o lugar onde Ele deu instruções sobre como deveria ser erguido o tabernáculo.
A Palavra diz que a vontade d’Ele é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2), mas, geralmente, quando pensamos nisso, entendemos essa vontade como algo para usufruirmos. E é correto pensarmos assim, pois é isso que o apóstolo Paulo diz em Romanos: “para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Mas existe também um outro lado desse entendimento: nós precisamos atender à vontade de Deus.
Já faz algum tempo que eu senti pela primeira vez o Espírito Santo falando claramente comigo sobre os desejos de Deus. Desde então, eu percebi que preciso viver e fazer exatamente aquilo que é o desejo de Deus em minha vida. E houve um momento em que eu precisei parar de entregar a Deus somente aquilo que eu tinha vontade de fazer ou apenas as coisas que eu gostava de fazer. Entregar a Deus exatamente o que Ele nos pede é algo que nos tira da nossa zona de conforto. E isso é muito positivo para a nossa vida, pois a zona de conforto muitas vezes nos impede de crescer, de amadurecer e até mesmo de provar a novidade de vida que Jesus conquistou para nós; ou seja, nos impede de desfrutarmos do que é bom, perfeito e agradável.
No livro de Êxodo, a partir do capítulo 25, Deus relata a Moisés exatamente como deveria ser o tabernáculo: como ele deveria ser construído, que utensílios deveriam ser colocados dentro do santuário, que móveis seriam utilizados e até mesmo que materiais deveriam ser empregados em cada etapa. Tudo com muitos detalhes da vontade de Deus.
Mas o que me chama muito a atenção é que no verso 8 Deus afirmou que era naquele santuário que Ele habitaria no meio do povo. Agora, imaginem se Moisés e o povo não atendessem exatamente o que Deus havia pedido? Será que eles experimentariam a presença de Deus no seu arraial? Certamente não, pois Deus, como Senhor que é, deseja que Sua vontade seja cumprida, e assim tem que ser.
Graças a Jesus e Seu sacrifício, hoje não precisamos fazer absolutamente nada para que Deus habite entre nós, porque hoje Ele habita dentro de nós. Mas não podemos entender, a partir dessa verdade, que não precisamos mais cumprir a vontade de Deus. Muitas vezes enxergamos Deus como um senhor bonzinho, que entende todas as nossas ações, e usamos até mesmo a expressão “Deus conhece o meu coração” para justificar nossas próprias ações.
Deus sempre será Senhor e, como Senhor, Suas vontades e desejos devem ser respeitados e cumpridos.
Meu irmão, minha irmã, esse Deus habita em você e te ama com amor imensurável. Mas agora cabe a mim e a você vivermos de maneira a cumprir e a desfrutar a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor, exatamente como Ele deseja e nos pede, e não como nós desejamos Lhe entregar.
Com amor,
Pastora Tays Rocha