Padrão mundano

Cha­mo de “padrão mun­da­no” a tudo aqui­lo que é pró­prio do mun­do decaí­do e foge ao “padrão cris­tão” de con­du­ta, de sen­ti­men­tos e de expres­são. O padrão mun­da­no é o ins­tin­to bási­co de “bicho” que habi­ta o ser huma­no; é a rea­ção vis­ce­ral e des­tru­ti­va que fre­quen­te­men­te se mani­fes­ta em nos­so com­por­ta­men­to, seja atra­vés do pen­sar, do falar, do olhar, do jul­gar. Colo­co abai­xo algu­mas situ­a­ções que mos­tram o quan­to o “padrão mun­da­no” ain­da está arrai­ga­do na vida de mui­tos cris­tãos que já deve­ri­am ter sufo­ca­do a mai­or par­te des­tes sen­ti­men­tos. Veja­mos, então, o quan­to o padrão do mun­do ain­da nos domina.

Con­cor­do com o padrão mun­da­no quando…

… todos que não gos­tam de mim dese­jo a eles seve­ra punição;

… me fazem mal, tenho então jus­ti­fi­ca­ti­va para pagar o mal com o mal;

… agra­do e baju­lo quem “tem”, e igno­ro aque­les que “não tem”;

… guar­do por anos a fio ran­cor e ódio de quem me ofendeu;

… relem­bro cons­tan­te­men­te uma pala­vra mal colo­ca­da por alguém;

… jul­go pes­so­as pela aparência;

… sepa­ro as pes­so­as em “rótu­los” e só me rela­ci­o­no com os de “rótu­lo” bom;

… sin­to um amor mui­to gran­de pelos meus iguais, mas des­pre­zo os “dife­ren­tes”;

… não perdôo o erro ou a fra­que­za do outro, mas peço sem­pre que me compreendam;

… dese­jo o infer­no e não a mise­ri­cór­dia aos que são maus;

… gri­to, xin­go e mani­pu­lo o outro pelos meus aces­sos de descontrole.

Estes são alguns exem­plos, que pode­ri­am se mul­ti­pli­car. Creio que já foi pos­sí­vel enten­der que isso deve ser exor­ci­za­do de nos­sa vida. Con­ti­nu­e­mos seguin­do esse “padrão” e com cer­te­za tere­mos uma vida mar­ca­da pela des­con­fi­an­ça, pela amar­gu­ra e ansi­e­da­de. Sere­mos cren­tes com a bílis na boca, o fel na cabe­ça e fogo devo­ra­dor nos olhos. O padrão “mun­da­no” nos tor­na mani­pu­la­do­res, afe­ta­dos, ali­e­na­dos da vida no Espí­ri­to e insen­sí­veis à pre­sen­ça de Cris­to em nós.

Pau­lo exor­ta com seve­ri­da­de aos cren­tes de Éfe­so para que eles “não mais andem como tam­bém andam os gen­ti­os, obs­cu­re­ci­dos de enten­di­men­to, alhei­os à vida de Deus por cau­sa da igno­rân­cia, pela dure­za do seu cora­ção, os quais, ten­do-se tor­nan­do insen­sí­veis, se entre­ga­ram à dis­so­lu­ção e come­te­rem toda sor­te de impu­re­za (Ef 4.17–19). E Pau­lo con­ti­nua a repri­men­da dizen­do que isso é inad­mis­sí­vel, pois “não foi assim que apren­des­tes de Cris­to” (Ef. 4.20).

Quer con­ti­nu­ar no padrão mun­da­no? Estás feliz com ele ou dese­ja um outro padrão?

Ver­sí­cu­lo para medi­tar: “Ten­de em vós o mes­mo sen­ti­men­to que hou­ve em Cris­to Jesus” (Fp 2.5)

Pr. Daniel Rocha

Pr. Dani­el Rocha

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