O que você traz à sua memória?

Que­ro tra­zer à memó­ria o que me pode dar espe­ran­ça” (Lamen­ta­ções 3:21).

Lamen­ta­ção, mas espe­ran­ça (“Jere­mi­as Sen­ta­do sobre as Ruí­nas de Jeru­sa­lém”, por Edu­ard Ben­de­mann (1837)

O que tem ocu­pa­do a sua men­te, sobre­tu­do ao pas­sar pelas difí­ceis situ­a­ções da vida? Cer­ta­men­te você já ouviu que não pode­mos impe­dir que pas­sa­ri­nhos voem sobre nos­sas cabe­ças, mas pode­mos impe­di-los de fazer ninhos sobre elas.

Quan­do o livro de Lamen­ta­ções foi escri­to, as coi­sas não anda­vam nada bem em Jeru­sa­lém. Na tra­di­ção judai­ca, o pro­fe­ta Jere­mi­as sem­pre foi con­si­de­ra­do o autor des­se livro, embo­ra o pró­prio tex­to bíbli­co não nos con­fir­me essa infor­ma­ção. O fato é que havia nes­se autor uma enor­me tris­te­za e um pro­fun­do lamen­to pela situ­a­ção em que o povo hebreu se encon­tra­va, o que gera­va nele uma deso­la­ção inter­na e pes­so­al. A nação fora devas­ta­da e hou­ve uma des­trui­ção geral dos cos­tu­mes e das cren­ças; o povo esta­va per­di­do, empo­bre­ci­do e com fome. Para Jere­mi­as, porém, o mais tris­te era como as coi­sas havi­am che­ga­do àque­le pon­to e como a iden­ti­da­de de povo de Deus teria de ser sus­ten­ta­da por ele.

A alma de Jere­mi­as esta­va angus­ti­a­da, pois havia cala­mi­da­de por toda par­te. Con­tu­do, num momen­to de pro­fun­da refle­xão, ele faz a seguin­te ora­ção: “Que­ro tra­zer à memó­ria o que me pode dar espe­ran­ça”. Sem­pre que lia esse tex­to eu pen­sa­va que se tra­ta­va de um con­vi­te para que os hebreus se lem­bras­sem do que Deus já havia fei­to por eles e de como Ele já os havia aben­ço­a­do. No entan­to, essa refle­xão do pro­fe­ta é de retor­no, de con­ver­são, para que os hebreus vol­tas­sem o cora­ção para Deus e se lem­bras­sem da Sua fide­li­da­de, ain­da que eles mes­mos não tives­sem sido fiéis ao Senhor. Isto não está rela­ci­o­na­do com o que Deus faz sim­ples­men­te, mas expres­sa tudo sobre o Seu caráter.

Meus irmãos e irmãs, em meio às tri­bu­la­ções de nos­sas vidas, pre­ci­sa­mos tomar cui­da­do com as far­pas em nos­sas men­tes que nos fazem duvi­dar sobre quem Deus é. Temos a ten­dên­cia mui­to nega­ti­va de só enxer­gar coi­sas ruins, coi­sas que não estão como gos­ta­ría­mos, e dei­xar que ninhos de con­fu­são tomem con­ta de nos­sas men­tes e de nos­sos pen­sa­men­tos. Como resul­ta­do dis­so, aca­ba­mos nos afas­tan­do do pla­no cen­tral de Deus para nós.

Deus é Deus em toda e qual­quer situ­a­ção e, como diz a Pala­vra, Ele é pode­ro­so para nos socor­rer e trans­for­mar as situ­a­ções difí­ceis por que passamos.

Ama­da igre­ja, às vezes me pare­ce que dei­xa­mos de crer nes­sa ver­da­de bíbli­ca. Então, vamos nos levan­tar! Vamos nos erguer e decla­rar nos­sa total con­fi­an­ça na fide­li­da­de do Pai! Assim como o pro­fe­ta, vamos tra­zer à nos­sa memó­ria o que nos pode dar espe­ran­ça. Dei­xe­mos de lado os pen­sa­men­tos des­tru­ti­vos e malig­nos, os mur­mu­ri­nhos que em nada têm con­tri­buí­do para o avan­çar das nos­sas vidas. Deci­da­mo-nos hoje a reto­mar o con­tro­le dos nos­sos pen­sa­men­tos, em nome de Jesus!

Deus é Deus, fiel à Sua Pala­vra e às Suas pro­mes­sas. Há espe­ran­ça para nós, igre­ja do Senhor!

Com mui­to amor,

Pas­to­ra Tays Rocha

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