Estamos vivendo uma das datas mais importantes do ano litúrgico: o Natal. Nesta época, enfeitamos nossas casas, a cidade fica toda iluminada, a música e a esperança de paz parecem falar aos nossos corações. E o Ministério do Santuário prepara nossa igreja para essa grande festa. A decoração é feita de um modo todo especial, com o objetivo de lembrar a história da salvação. Começa nos quatro domingos que antecedem o Natal, com o Advento.
Você sabe o que é o Advento? O nome vem da palavra latina adventus, que significa “vinda”, “espera” ou “o que há de vir”. Trata-se de uma celebração cujo foco é a expectativa da vinda do Messias, o Cristo prometido.
Portanto, iniciamos hoje esse tempo que nos remete à espera pelo Salvador. É claro que o Advento é um símbolo da nossa esperança relativa a algo que já se concretizou: Jesus já veio e reinará eternamente! Esperar por algo que temos certeza de que virá – ou que, no caso, já veio – é fácil. Mas e quanto a todas as demais coisas que hão de vir?
Muitas são as expectativas, as preocupações e até os medos sobre que há de vir na nossa vida familiar, profissional ou espiritual. Por isso, a reflexão que o período do Advento nos proporciona pode ser um ótimo aprendizado de que devemos confiar nas promessas de Deus, pois a vinda de Jesus é, sobretudo, o cumprimento do que Deus falou por meio dos profetas e da história do Seu povo.
Se nossas expectativas sobre o que há de vir estão alicerçadas, direcionadas e conduzidas pelas promessas do Senhor, não iremos nos frustrar em nada. O que precisamos é, na verdade, alinhar nossas expectativas aos planos de Deus. A própria Palavra nos diz, por meio do evangelista João, que Jesus veio para os que eram Seus, mas estes não O receberam. Aqueles que não receberam a Jesus agiram assim porque suas expectativas não foram correspondidas com o Seu ministério. Havia quem queria que Ele assumisse a bandeira de um partido político-religioso; havia quem queria que Ele tomasse o poder pela força; havia quem queria que Ele não se misturasse com as minorias. Mas Ele, acertadamente, frustrou todas essas expectativas.
O Jesus que viria e que veio só tinha um compromisso: fazer a vontade do Pai que o enviou. Ele veio para atender a expectativa do oprimido, do marginalizado, do excluído pela política, pela religião e pelo poder institucionalizado de uma maneira geral. Por Seu compromisso ser com o Pai, Jesus se tornou nosso salvador.
De fato, não sabemos o que há de vir neste fim de ano nem no ano que vem, mas, se estivermos comprometidos em confiar tão somente nas promessas de Deus, viveremos Seus planos, e o que virá será bom, perfeito e agradável.
Do amigo e pastor,
Rev. Tiago Valentin