Não Esteja Só!Posted on16/10/202214/10/2022Autor: Metodista ItaberabaDeixe um comentárioPROCESSO DO DISCIPULADO (PARTE 1)“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2:2). Como em minhas duas últimas pregações eu não consegui explanar totalmente o conteúdo do meu sermão sobre o “Processo do Discipulado”, resolvi publicá-lo neste nosso boletim, dividindo‑o em quatro partes. Assim, solicito ao nosso leitor e à nossa leitora que não se atenham apenas a esta parte inicial, mas que se esforcem para ler e absorver todo o conteúdo que será publicado ao longo das demais edições do Boin. Que, por meio da leitura de cada uma das quatro partes, o Espírito de Deus conduza vocês a uma melhor compreensão e aplicação pessoal desta mensagem pastoral.“Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois em dois” (Mc 6:7a). Existe um aforismo muito conhecido: “Nunca ouça críticas construtivas de quem nunca construiu nada”. Em outras palavras, nunca ouça conselhos de quem nunca chegou a lugar nenhum. Porque ninguém chega ao topo sozinho. Já parou para analisar que ninguém vence sozinho e nem perde sozinho? Tudo que parece impossível para você hoje, pode ter certeza de que alguém já executou ou já alcançou. E essa pessoa poderá ajudar você a alcançar seu objetivo ensinando-lhe a direção. Na caminhada cristã, o processo do discipulado se faz necessário, pois nem Jesus Cristo andou sozinho nesta terra. Ele andou com Deus, andou no Espírito, mas também andou em discipulado. Embora seja bom termos alguns momentos em solitude, andar sozinho, para o cristianismo, não é algo positivo. Somos rebanho, e não lobos solitários; somos uma nação santa, e não ilhas afrodisíacas. A Bíblia diz que não há sabedoria na solidão e no isolamento. “O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18:1). “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante” (Ec 4.9–10). Um discipulador deve ser a pessoa que já chegou ao lugar que o discípulo precisa alcançar. Ele já adquiriu experiência, sabedoria e conexões para que a caminhada do seu discípulo seja mais efetiva. A vida cristã é muito grandiosa para se trilhar sozinho. Por esse motivo, dizemos que o Pai é nosso, e não meu; que o pão é nosso, e não seu. E por isso pedimos que o reino de Deus venha a nós, e não a mim! As coisas eternas sempre alcançarão o indivíduo por meio do coletivo. É por isso que na Bíblia o nós não é meramente o plural de primeira pessoa, e sim a primeira pessoa em plural; o nós e o nosso são absolutos, enquanto o eu e o meu são relativos. No contexto do versículo que abre esta pastoral, Paulo está prestes a morrer, a ser martirizado. Era um período de graves ameaças à fé cristã. Embora estivesse velho, cansado, abandonado por alguns e com seu corpo cheio de cicatrizes da vida e das perseguições, Paulo não se preocupava consigo mesmo, pois entendia que o Evangelho é maior que os obreiros, porque os mensageiros do evangelho passam, mas o evangelho permanece para sempre. O destinatário dos seus conselhos continua sendo o jovem pastor Timóteo, que estava à frente da igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor. É uma carta emocionante e cheia de recomendações para que o jovem pastor permaneça firme em seu chamado e n’Aquele que o chamou. E no referido versículo, fica clara a orientação de Paulo a Timóteo para que ele não preserve apenas a verdade e a fidelidade do evangelho, mas também o transmita com verdade e fidelidade. Uma das melhores maneiras de preservar o evangelho é transmitindo‑o com verdade e fidelidade. A verdade do evangelho não pode ser diluída nem poluída. No versículo, fica clara também a importância de o evangelho alcançar os diferentes discípulos, nas diferentes gerações: de Cristo a Paulo (Gl 1:11–12); de Paulo a Timóteo; de Timóteo a homens fiéis; e de homens fiéis a outros. Quatro gerações sendo alcançadas pelo poder e pela verdade do Evangelho. O nome disso não é só evangelismo, mas, acima de tudo, discipulado. Nesta primeira parte, observe que, no processo do discipulado, ou seja, no cristianismo, não devemos caminhar sozinhos! Jesus e os apóstolos nos ensinaram claramente isso. Ficaremos por aqui, mas aguardo você para aprofundarmos um pouco mais a respeito do processo do discipulado. Até a próxima, pois nossa reflexão sobre este tema continua! Rev. Israel A. RochaVocê pode gostar também:Se não edificar, não serveO que Jesus não pedia (e os cristãos pedem)Não critique o que Deus abençoou!Quer ir até o fim? Então não vá sozinho(a).