Você já parou para analisar quanto tempo gastamos valorizando o que não tem valor? Sim, é isso mesmo. Pare pra pensar e você vai constatar que já perdeu muito tempo superestimando coisas, lugares, pessoas e situações que, na verdade, nem eram tão importantes pra você.
Nós atribuímos diferentes escalas de valor para muitas coisas com as quais interagimos, e isso pode variar de pessoa para pessoa. Há quem goste e valorize muito seu carro, já outro valoriza muito seu animal de estimação e quase todos nós damos muito valor àqueles com quem convivemos mais de perto, como nossos familiares e amigos. É natural que tenhamos maior consideração por certas coisas do que por outras e assim dediquemos mais do nosso tempo e cuidado àquilo que tem mais valor pra nós.
Vivemos num mundo muito agitado, cheio de compromissos e de exigências. Para nós que moramos numa metrópole, o tempo se tornou algo muito precioso, sobretudo aquele que dedicamos às coisas que mais valorizamos. Cuidar daquilo que tem valor pra nós é o que nos dá mais prazer. Mas nosso tempo está cada vez mais curto e, por isso, é tão precioso. Portanto, uma atitude sábia é gastar o pouco tempo disponível que temos com aquilo que realmente amamos e valorizamos.
Contudo, muitas vezes nos pegamos tendo uma atitude imatura – e até pecaminosa – quando nos permitimos ser acometidos por um sentimento murmurador, rabugento e mal-humorado de falta de gratidão. Por vezes, damos muito mais valor àquilo que não tem valor para nós do que ao que realmente nos importa. Por exemplo, não é incomum encontrarmos pessoas reclamando de alguém com quem nem têm tanto contato, que não é tão importante para elas; mas a reclamação contra aquele indivíduo é tão grande, tão persistente e tão desproporcional que nos faz pensar e questionar: será que essas pessoas gastam tanto tempo assim falando de quem elas amam de verdade?
Somos convidados a dar valor para aquilo que realmente tem valor e aprender a relevar mais as coisas, as pessoas e as situações que desafiam nossa paciência e nosso domínio próprio. Um ótimo exercício, que pode ser útil quando acontece algo que nos desagrada, é imediatamente passarmos a pensar, falar e, se possível, estar com quem valorizamos, nos lugares de que gostamos e fazendo o que nos dá prazer.
É claro que podemos nos chatear e até dar uma reclamadinha de vez em quando, mas não podemos nos tornar uma pessoa míope e amargurada diante da vida. Há muita coisa boa acontecendo ao nosso redor, há muitas coisas às quais damos valor e que de fato têm valor para nós. Vamos investir nosso tempo e dedicação em pessoas que amamos, fazendo coisas saudáveis e agradáveis para nós e para quem também nos valoriza.
Jesus, ao falar das coisas que realmente têm valor para Deus, disse a Seus discípulos que Deus protege as aves do céu, os lírios e as ervas dos campos, mas cuida muito mais de Seus filhos e filhas, criados à Sua imagem e semelhança (Mt 6:25–34). Deus ama toda a criação, mas dá muito mais valor àqueles que possuem o fôlego de vida dado pelo Seu Espírito.
Do amigo e pastor,
Rev. Tiago Valentin