O que faz uma igreja ser considerada uma boa comunidade? Quando afirmamos que tal igreja “é muito boa” ou que “é uma benção”, o que estamos querendo dizer?
É normal que todos queiram ser bons naquilo que fazem. As mães e pais querem ser bons para seus filhos, os profissionais querem ser bons funcionários ou chefes e os crentes querem ser bons servos de Deus. Logo, querer que sua igreja seja uma boa igreja é mais do que natural. Mas, então, voltemos ao início: o que faz de nossa igreja uma boa igreja?
Talvez o julgamento que fazemos da qualidade das igrejas em geral e da nossa em particular esteja diretamente relacionado ao gosto pessoal de cada um. Se determinada igreja tem um belo coral e essa forma de expressar louvores me emociona, aquela igreja entra na minha lista top ten! Se outra igreja dá ênfase às manifestações espirituais e isso me agrada, ela será uma boa igreja, na minha opinião. Contudo, devemos nos lembrar de que a igreja não é sua nem minha, não pertence às pessoas. Na verdade, as pessoas compõem a igreja, são a igreja, mas esta pertence, de fato – e principalmente de direito –, a Jesus. Por isso, deveríamos nos perguntar: o que é uma boa igreja para Jesus?
Na visão do apóstolo Paulo, uma igreja boa, saudável e que agrada o coração de Jesus é aquela que cresce em tudo! Ao escrever à igreja em Éfeso (Ef 4:7 em diante), Paulo diz que Jesus, por meio do Seu sacrifício, constituiu a igreja, concedendo-lhe dons e ministérios, a fim de edificar-se a si mesma. E, uma vez munida de dons, possibilidades e potencialidades, ela pode se desenvolver e crescer em tudo.
Sendo assim, uma igreja boa é aquela que investe em diferentes frentes, buscando fazer o melhor em todas as suas áreas de atuação e procurando exercer com excelência o seu ministério. Diversificar a ação da igreja é o segredo. Quanto mais plural, abrangente e diferente for a ação da igreja, mais ela será considerada uma igreja boa.
Portanto, a palavra-chave é “equilíbrio”. Não adianta darmos ênfase à assistência social se não tivermos um trabalho forte com discipulado, pois só socorre o oprimido e o marginalizado aquele e aquela que têm o caráter de Cristo. Não adianta termos um belo coral se desmerecermos o estudo da Palavra, pois louvor sem base bíblica não passa de apresentação. Portanto, não existe ministério mais importante ou menos importante na igreja, pois todo trabalho é válido, desde que seja para dar concretude ao amor de Deus.
Que o Senhor nos conceda a graça de sermos uma boa igreja, que busca com equilíbrio sinalizar, da forma mais concreta e diversificada, o Reino de Deus aqui e agora!
Do amigo e pastor,
Rev. Tiago Valentin
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