Igreja no lugar certo, na hora certa e fazendo a coisa certa

quebra cabeça

Ao se afir­mar que a igre­ja deve estar no lugar cer­to, na hora cer­ta e fazen­do a coi­sa cer­ta, suben­ten­de-se que pode haver igre­jas que este­jam erran­do em alguns des­ses que­si­tos – ou tal­vez em todos!

Há hoje inú­me­ros mode­los e pro­pos­tas de igre­ja, mui­tos deles com gran­de ênfa­se na quan­ti­da­de de mem­bros, den­tro da mais pura e sel­va­gem lógi­ca de mer­ca­do. Para estes, igre­ja boa é aque­la que tem mui­ta gen­te. Por­tan­to, para serem con­si­de­ra­das boas, as igre­jas fazem de tudo para aumen­tar sua mem­bre­sia, não impor­tan­do o que acon­te­ce na vida das pes­so­as, des­de que elas este­jam sob o jugo da igre­ja. Infe­liz­men­te, a moti­va­ção final des­ses que enfa­ti­zam o cres­ci­men­to numé­ri­co não é exa­ta­men­te ver vidas liber­tas do peca­do, mas encher os cofres da igre­ja. Por isso, uma igre­ja rica de dinhei­ro pode even­tu­al­men­te ser mui­to pobre de espírito.

Com cer­te­za, que­re­mos ser uma igre­ja boa, que­re­mos ser uma igre­ja que acer­ta. Mas o que sig­ni­fi­ca estar no lugar cer­to, na hora cer­ta e fazen­do a coi­sa cer­ta? Sig­ni­fi­ca ser­mos uma igre­ja rele­van­te para o lugar onde ela está inse­ri­da, para o tem­po pre­sen­te e, prin­ci­pal­men­te, fazen­do o que Deus espe­ra dela.

A igre­ja não foi cri­a­da para ser um fim em si mes­ma, e sim para ser sina­li­za­do­ra, pro­pa­ga­do­ra e coe­xe­cu­to­ra do Rei­no de Deus. Por­tan­to, o lugar onde a igre­ja está inse­ri­da pre­ci­sa ser alvo da mani­fes­ta­ção da gra­ça e do poder trans­for­ma­dor de Deus. Se há injus­ti­ça, desi­gual­da­de, mal­da­de ou qual­quer sinal demo­nía­co de mor­te, a igre­ja pre­ci­sa inter­vir tan­to com ações intan­gí­veis quan­to com ações con­cre­tas, que pro­mo­vam transformação.

Quan­do é a hora de a igre­ja agir? Empres­tan­do as expres­sões de Jesus: “Vem a hora e já che­gou”. Ou seja, não é para depois ou quan­do der, mas para hoje. É ago­ra que a igre­ja pre­ci­sa atu­ar. Mui­tas vezes caí­mos no erro de achar que não esta­mos pre­pa­ra­dos e, por­tan­to, que ain­da não é hora de fazer algo. A ver­da­de é que, aos nos­sos olhos, nun­ca esta­re­mos pre­pa­ra­dos. Por­tan­to, o que pre­ci­sa­mos é con­tar cons­tan­te­men­te com a gra­ça e a mise­ri­cór­dia de Deus, que nos habi­li­ta para, a tem­po e fora de tem­po, sina­li­zar­mos o Seu Reino.

E o mais impor­tan­te é que a igre­ja não só exis­ta, não só este­ja em algum lugar, mas que, inde­pen­den­te­men­te do “quan­do”, ela este­ja fazen­do a coi­sa cer­ta. Fazer a coi­sa cer­ta como igre­ja nada mais é do que cor­res­pon­der inte­gral­men­te e fiel­men­te ao cha­ma­do de Deus. Nos­sa refe­rên­cia do que é fazer a coi­sa cer­ta está na Pala­vra, que nos apre­sen­ta os parâ­me­tros de uma igre­ja que agra­da ao cora­ção de Deus.

Os ver­sí­cu­los de 42 a 47 do capí­tu­lo 2 de Atos nos mos­tram que a comu­ni­da­de per­se­ve­ra­va. Ora, nenhu­ma igre­ja se man­tém de pé e ati­va sem per­se­ve­ran­ça. O livro de Atos tam­bém nos indi­ca que a par­ti­lha era essen­ci­al na vida comu­ni­tá­ria. Além dis­so, a comu­ni­da­de pri­mi­ti­va não ces­sa­va de lou­var ao Senhor.

O ver­sí­cu­lo 47 nos infor­ma que, como con­sequên­cia do cum­pri­men­to da von­ta­de de Deus, Ele pró­prio acres­cen­ta­ria mui­tos que iam sen­do sal­vos. E é assim que cre­mos. Os núme­ros na igre­ja são con­sequên­cia da trans­for­ma­ção que acon­te­ce na vida das pes­so­as e do tes­te­mu­nho que elas dão sobre quão bom é viver com Deus!

Que Deus con­ti­nue a nos dar o pri­vi­lé­gio de bus­car­mos ser uma igre­ja que está no lugar cer­to, na hora cer­ta e fazen­do a coi­sa certa!

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Rev. Tia­go Valentin

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.