Um Natal na hora certa

O povo que anda­va em tre­vas viu uma gran­de luz, e sobre os que habi­ta­vam na região da som­bra de mor­te res­plan­de­ceu a luz” (Isaías 9:2).
“O povo, que esta­va assen­ta­do em tre­vas, viu uma gran­de luz; aos que esta­vam assen­ta­dos na região e som­bra da mor­te, a luz rai­ou” (Mateus 4:16).

Daqui a pou­cos dias, cele­bra­re­mos uma das datas mais impor­tan­tes do ano: o dia 25 de dezem­bro, que sim­bo­li­za o nas­ci­men­to de Jesus, nos­so Sal­va­dor. Depois de um ano tão difí­cil, poder­mos cele­brar essa data repre­sen­ta uma opor­tu­ni­da­de úni­ca de reno­va­ção e revi­go­ra­men­to. Aliás, nós seres huma­nos pre­ci­sa­mos des­ses mar­cos que defi­nem tem­pos e épo­cas em nos­sa cami­nha­da. Quan­do não temos essas datas ou mar­cos, per­de­mos a pers­pec­ti­va e a moti­va­ção para viver.

O evan­ge­lis­ta Mateus, em sua ver­são da Boa Nova, cita a pro­fe­cia de Isaías, mas não lite­ral­men­te. Per­ce­ba que, no tex­to pro­fé­ti­co, o “povo anda­va em tre­vas”, dan­do a noção de que o povo, ain­da que pos­si­vel­men­te per­di­do ou sem rumo, bus­ca­va por uma dire­ção, ansi­a­va por uma saí­da. Mateus, con­tu­do, decla­ra que o “povo” já não cami­nha­va mais, mas esta­va “assen­ta­do em tre­vas”, como quem desis­tiu de bus­car ou procurar.

Não se tra­ta aqui de um equí­vo­co semân­ti­co. Mateus não errou ao citar Isaías, ain­da mais em se tra­tan­do des­se evan­ge­lis­ta, que fez ques­tão de legi­ti­mar o minis­té­rio de Jesus com as leis e pro­fe­ci­as con­ti­das no Anti­go Tes­ta­men­to. Mateus é inten­ci­o­nal e pro­po­si­ti­vo ao dizer que o povo já não anda­va mais, mas havia se assen­ta­do em tre­vas. Isso por­que o evan­ge­lis­ta quer nos sina­li­zar e adver­tir de que, se não encon­trar­mos a Luz para nos gui­ar para fora das tre­vas, nos­sa vida irá de mal a pior. A incer­te­za, a deso­ri­en­ta­ção e a fal­ta de pro­pó­si­to nos des­mo­ti­vam, nos desar­ti­cu­lam, nos paralisam.

Ficar vagan­do em tre­vas, sem dire­ção, sem espe­ran­ça, sem pro­pó­si­to, é a pior coi­sa que pode nos acon­te­cer – e pode­mos dizer, sem medo de errar, que o povo de Deus vivia seu pior momen­to quan­do Ele deci­diu envi­ar Seu Filho.

Nós tam­bém temos vivi­do dias de tre­vas e, infe­liz­men­te, temos vis­to essas tre­vas se escu­re­cen­do mais uma vez nes­tes últi­mos dias. Como diz uma fra­se que se popu­la­ri­zou: “Nós já nos can­sa­mos da pan­de­mia, mas ela não se can­sou de nós”.

Dian­te des­se cená­rio tão tene­bro­so, pode­mos decla­rar com con­vic­ção e ale­gria que Jesus está “che­gan­do” num óti­mo momen­to. “O Senhor não se atra­sa em cum­prir a sua pro­mes­sa, como jul­gam alguns” (2 Pe 3:9a).

Assim como o “povo” que desis­tiu de cami­nhar e se assen­tou no meio das tre­vas, tal­vez você tam­bém este­ja assim, can­sa­do, satu­ra­do, exau­ri­do com as notí­ci­as tris­tes que não param de che­gar por con­ta da pan­de­mia, dos desar­ran­jos polí­ti­cos e da cri­se econô­mi­ca que já nem nos lem­bra­mos mais quan­do come­çou. Mas eu tenho uma exce­len­te notí­cia para lhe dar: a Luz se reno­va­rá e bri­lha­rá mais uma vez e relu­zi­rá mais do que nun­ca. Por isso, cele­bre, ale­gre-se e glo­ri­fi­que a Deus nes­te Natal, pois Ele envi­ou a Luz para nos tirar das tre­vas e nos trans­por­tar para o Rei­no do Filho do Seu amor (Cl 1:13).

Minha ora­ção é que as pala­vras de João que des­cre­vem a encar­na­ção do Ver­bo pos­sam fazer todo o sen­ti­do para você, aca­len­tar seu cora­ção e fazê-lo(a) levan­tar-se de onde você está: “A luz res­plan­de­ce nas tre­vas, e as tre­vas não pre­va­le­ce­ram con­tra ela” (Jo 1:5).

Que a Luz de Cris­to bri­lhe em sua vida e em sua família!

Feliz Natal!

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Tia­go Valentin

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