Fazendo escolhas

A vida é fei­ta de esco­lhas! Esse dita­do é mui­to ver­da­dei­ro. Des­de cedo, ain­da na mais ten­ra ida­de, somos colo­ca­dos dian­te de situ­a­ções que nos obri­gam a fazer uma opção. Com o pas­sar do tem­po, as esco­lhas se tor­nam mais com­ple­xas e têm um efei­to mais impac­tan­te nas nos­sas vidas. Quan­to mais com­ple­xas forem as esco­lhas que tiver­mos de fazer, mais nos­sas deci­sões influ­en­ci­a­rão o decur­so das nos­sas vidas, para o bem ou para o mal.

Ao fazer esco­lhas, um dos gran­des desa­fi­os é que neces­sa­ri­a­men­te esta­re­mos excluin­do algo ou alguém de nos­sa vida. Esco­lher impli­ca fazer uma opção e, ao optar­mos por algo, assu­mi­mos a res­pon­sa­bi­li­da­de pelas con­sequên­ci­as dis­so. Por essa razão, mui­tas pes­so­as, na ten­ta­ti­va de se omi­tir de assu­mir res­pon­sa­bi­li­da­des, evi­tam ao máxi­mo fazer esco­lhas, geral­men­te trans­fe­rin­do essa res­pon­sa­bi­li­da­de para ter­cei­ros. Pes­so­as assim têm mui­ta difi­cul­da­de de ama­du­re­cer e de enca­rar a vida com seri­e­da­de e estão sem­pre na som­bra do mari­do ou da espo­sa, do pai ou da mãe, do pas­tor etc. Na infân­cia, alguém esco­lhe por nós, mas, à medi­da que ama­du­re­ce­mos (pelo menos em ida­de), somos leva­dos a fazer nos­sas pró­pri­as escolhas.

Ao optar­mos por algo e tomar­mos uma deci­são ou posi­ci­o­na­men­to, esta­mos auto­ma­ti­ca­men­te dizen­do que não que­re­mos a outra alter­na­ti­va que tínha­mos. Eis aí o que tam­bém ame­dron­ta mui­ta gen­te. Ter de abrir mão de algo desa­gra­da a mui­tos. Mas há vári­as situ­a­ções nas nos­sas vidas em que temos de esco­lher entre coi­sas opos­tas, que não podem coe­xis­tir. São momen­tos em que não pode­mos ficar com tudo, pois uma coi­sa eli­mi­na a outra.

Ao optar­mos por algo, abra­ça­mos as con­sequên­ci­as de nos­sa ati­tu­de. Se esco­lhe­mos algo que exclui uma segun­da ou uma ter­cei­ra coi­sa de nos­sas vidas, temos de con­vi­ver com isso e ter matu­ri­da­de e cons­ci­ên­cia de que o que nos levou a estar­mos onde esta­mos, a ser o que somos, é pro­du­to das nos­sas escolhas.

Na nos­sa vida cris­tã, esco­lher é um prin­cí­pio bási­co. Encon­tra­mos situ­a­ções de esco­lha em toda a Bíblia: Adão e Eva tive­ram a opção de obe­de­cer ou não obe­de­cer e aca­ba­ram arcan­do com as con­sequên­ci­as da esco­lha que fize­ram. Em outro momen­to da his­tó­ria do povo de Deus, Josué se posi­ci­o­nou dian­te do poli­teís­mo do povo dizen­do que ele e sua casa ser­vi­ri­am ao Senhor (Javé). E propôs ao povo: “Se vos pare­ce mal ser­vir ao Senhor, esco­lhei hoje a quem sir­vais” (Js 24:15). Mas, cer­ta­men­te, a mai­or de todas as esco­lhas regis­tra­das na Bíblia é a que Jesus apre­sen­tou aos dis­cí­pu­los e tam­bém a nós: “Nin­guém pode ser­vir a dois senho­res; por­que ou há de abor­re­cer-se de um e amar ao outro, ou se devo­ta­rá a um e des­pre­za­rá ao outro” (Mt 6:24).

Esco­lher nem sem­pre é fácil. Por isso, a melhor coi­sa que pode­mos fazer é temer ao Senhor, pois Ele nos ins­trui­rá no cami­nho que deve­mos escolher
(Sl 25:12). Deus sabe o que é o melhor para nós. A vida sem­pre nos leva­rá a situ­a­ções que nos obri­ga­rão a fazer opções e, quan­to mais ínti­mos e pró­xi­mos esti­ver­mos de Deus, mais fácil será esco­lher. A von­ta­de de Deus para nós é sem­pre boa, per­fei­ta e agra­dá­vel. Por isso, a melhor coi­sa é con­di­ci­o­nar nos­sas esco­lhas à sabe­do­ria divi­na, pois as con­sequên­ci­as sem­pre serão para o nos­so bem.

Pr Tiago Valentim

Do ami­go e pastor,
Pr. Tia­go Valentin

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