Semeando e colhendo

Aqui­lo que o homem seme­ar, isso tam­bém cei­fa­rá” (Gl. 6:7b).

Nes­te fim de sema­na, esta­mos reu­ni­dos com alguns casais de nos­sa igre­ja em acam­pa­men­to, um tem­po que reser­va­mos espe­ci­al­men­te para inves­tir em nos­sos rela­ci­o­na­men­tos. O tema des­te acam­pa­men­to é “Seme­an­do e Colhen­do”, base­a­do no prin­cí­pio da seme­a­du­ra – aqui­lo que plan­ta­mos é o que vamos colher.

A rea­li­da­de de cada pes­soa nada mais é do que o resul­ta­do de des­cons­tru­ções e cons­tru­ções ao lon­go da vida. Somos o que somos, esta­mos onde esta­mos, temos o que temos em razão daqui­lo que esco­lhe­mos e deci­di­mos ao lon­go da nos­sa cami­nha­da. Mes­mo que nos­sas ori­gens não sejam as mais favo­rá­veis do pon­to de vis­ta de opor­tu­ni­da­des, num deter­mi­na­do momen­to entre nos­sa ado­les­cên­cia e o ingres­so na vida adul­ta, nós nos tor­na­mos res­pon­sá­veis pelas nos­sas esco­lhas e temos então a chan­ce de plan­tar aqui­lo que dese­ja­re­mos colher no futuro.

Essa lógi­ca se apli­ca a mui­tas áre­as do nos­so coti­di­a­no. Nos­sa vida é resul­ta­do daqui­lo que nos­sos ante­pas­sa­dos plan­ta­ram, mas tam­bém, e espe­ci­al­men­te, daqui­lo que nós plan­ta­mos. Não pode­mos cair no erro de afir­mar coi­sas como: “Sou assim ou estou assim por cau­sa de meus pais”; “A vida foi mui­to dura comi­go”; ou “Minha vida é assim por cau­sa do dia­bo”. Fra­ses e idéi­as des­se tipo são pró­pri­as de pes­so­as irres­pon­sá­veis e ima­tu­ras, que não assu­mem res­pon­sa­bi­li­da­des e têm difi­cul­da­de de reco­nhe­cer que suas esco­lhas as colo­ca­ram onde estão. Cer­ta­men­te, somos influ­en­ci­a­dos por uma série de fato­res que com­põem nos­sa vida, mas o que nós pes­so­al­men­te faze­mos a nos­so favor terá gran­de peso ou até deter­mi­na­rá nos­so amanhã.

O que esta­mos plan­tan­do em nos­sos casa­men­tos? Cari­nho ou agres­si­vi­da­de? Diá­lo­go ou des­res­pei­to? Amor ou ódio? Pois o que plan­ta­mos hoje é o que colhe­re­mos ama­nhã. Isso ser­ve para o casa­men­to, para as ami­za­des, para a vida pro­fis­si­o­nal e, com cer­te­za, se apli­ca tam­bém à vida espi­ri­tu­al. A fé cris­tã traz em si o prin­cí­pio de que sem­pre pode­mos pro­gre­dir um pou­co mais e, por isso, ela esta­rá em cons­tan­te desen­vol­vi­men­to. Nes­se sen­ti­do, o que plan­ta­mos por meio da ora­ção, do jejum, do conhe­cer a Pala­vra de Deus e da comu­nhão se rever­te­rá numa colhei­ta mara­vi­lho­sa, que é o tor­nar-se seme­lhan­te a Jesus. O que mais deve­mos dese­jar espi­ri­tu­al­men­te é ser igual a Jesus, ter o Seu sen­ti­men­to, o Seu cará­ter, à Sua ima­gem e semelhança.

O que você está plan­tan­do? Se plan­tar­mos coi­sas boas, colhe­re­mos coi­sas boas; se plan­ta­mos coi­sas ruins, colhe­re­mos coi­sas ruins: “Aca­so, meus irmãos, pode a figuei­ra pro­du­zir azei­to­nas ou a videi­ra, figos? Tam­pou­co fon­te de água sal­ga­da pode dar água doce” (Tg. 3:12).

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e esti­ma pastoral,
Pr. Tia­go Valentin

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