Pessoas maduras permanecem

Em Ago­nia, Ele Orou”, por Chad Winks

Uma das expres­sões com­por­ta­men­tais mais admi­rá­veis de Jesus é a Sua matu­ri­da­de, que se reve­la na Sua capa­ci­da­de de per­ma­ne­cer fir­me em Suas con­vic­ções. Pes­so­as madu­ras são está­veis e con­vic­tas, ou seja, as lutas vêm, as frus­tra­ções acon­te­cem, as per­das se dão, mas quem é madu­ro absor­ve o cho­que, man­tém-se fir­me e per­se­ve­ra na cami­nha­da. Pes­so­as ima­tu­ras dian­te das lutas e dos reve­zes que a vida nos apre­sen­ta revol­tam-se, rebe­lam-se, sen­tem-se injus­ti­ça­das e geral­men­te rom­pem com suas con­vic­ções e prin­cí­pi­os, fugin­do da rea­li­da­de e das responsabilidades.

Con­for­me dito aci­ma, Jesus é nos­sa refe­rên­cia tam­bém como um mode­lo de matu­ri­da­de. Ele pas­sou pelas mais diver­sas pro­vas: pos­si­vel­men­te per­deu Seu pai ter­re­no, José, quan­do ain­da era cri­an­ça; na Sua vida adul­ta, foi excluí­do por Seus ami­gos na cida­de onde cres­ceu; era cons­tan­te­men­te per­se­gui­do e hos­ti­li­za­do pelos fari­seus; foi traí­do por um de Seus dis­cí­pu­los; mais uma vez foi aban­do­na­do por Seus ami­gos; e mor­reu como um ban­di­do qual­quer. Sim, Jesus teria todos os moti­vos do mun­do para Se revol­tar e rom­per com o pro­pó­si­to de Deus. Mas Ele enten­deu, de for­ma madu­ra, que todas as pro­vas O esta­vam for­jan­do e fortalecendo.

Deus é um pai amo­ro­so e dese­ja ver Seus filhos e filhas pros­pe­ran­do e avan­çan­do em dife­ren­tes áre­as da vida. Por isso, Ele nos pro­va, a fim de saber se esta­mos pre­pa­ra­dos para seguir os Seus pla­nos. Deus quer e pode nos aben­ço­ar de mui­tas for­mas, inclu­si­ve com opor­tu­ni­da­des, mas tam­bém sabe da impor­tân­cia de estar­mos pre­pa­ra­dos para viven­ci­ar cer­tas coi­sas. Assim, pas­sa­mos por pro­vas para medir nos­sa resis­tên­cia, paci­ên­cia, cora­gem e matu­ri­da­de. Uma vez apro­va­dos, as por­tas e cami­nhos do Senhor se abrem para nós.

Fre­quen­te­men­te, é na hora das pro­va­ções que ques­tões mal resol­vi­das em nos­sa vida vêm à tona. E isso é óti­mo, pois assim temos a chan­ce de tra­tá-las e curá-las. Deus per­mi­te que a pro­va venha sobre nós para que nos­so orgu­lho, vai­da­de, hipo­cri­sia, tei­mo­sia, com­pul­são e tan­tos outros pro­ble­mas sejam tra­ta­dos. É como um copo d’água com resí­du­os no fun­do. Enquan­to ele está intac­to, a sujei­ra per­ma­ne­ce ali, “qui­e­ti­nha”. Mas, se alguém agi­tar o copo, a sujei­ra vai apa­re­cer. Deus faz isso com a nos­sa vida, per­mi­tin­do que as pro­va­ções mexam com a nos­sa estru­tu­ra a fim de que seja­mos tratados.

Alguém que pas­sa por uma pro­va e é bem-suce­di­do será sem­pre um exem­plo para os outros. Quan­do Deus nos pro­va não é dife­ren­te. Nos­sa vitó­ria, nos­sa con­quis­ta e nos­so ama­du­re­ci­men­to ser­vem de tes­te­mu­nho de que aque­le que vive com Deus, ain­da que pas­se por pro­vas, pode resis­tir e, mais do que isso, sair delas melhor do que entrou. Quan­do somos pro­va­dos e ven­ce­mos, nos­sa vida ser­ve de tes­te­mu­nho para outras pes­so­as sobre o agir e o cui­da­do de Deus.

O prin­cí­pio bíbli­co nos ensi­na que, seja a pro­va gran­de ou peque­na, Deus não nos dá um far­do mai­or do que pos­sa­mos supor­tar; e, mais do que isso, Ele pró­prio nos dá as res­pos­tas cer­tas da pro­va para que pos­sa­mos avan­çar e per­ma­ne­cer firmes.

Fina­li­zo lem­bran­do as sábi­as pala­vras do após­to­lo Pau­lo: “Até que todos che­gue­mos à uni­da­de da fé, e ao conhe­ci­men­to do Filho de Deus, a homem per­fei­to, à medi­da da esta­tu­ra com­ple­ta de Cris­to, para que não seja­mos mais meni­nos incons­tan­tes, leva­dos em roda por todo o ven­to de dou­tri­na, pelo enga­no dos homens que com astú­cia enga­nam frau­du­lo­sa­men­te. Antes, seguin­do a ver­da­de em amor, cres­ça­mos em tudo naque­le que é a cabe­ça, Cris­to” (Ef 4:13–15).

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Tia­go Valentin

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