Exclusivo! Entrevista com o apóstolo Paulo na prisão

Obti­ve­mos auto­ri­za­ção das auto­ri­da­des roma­nas para visi­tar o após­to­lo Pau­lo em sua pri­são domi­ci­li­ar e rea­li­za­mos ali uma entre­vis­ta exclu­si­va para os irmãos da igre­ja bra­si­lei­ra. Esta­vam como ele Lucas e Timóteo.

Per­gun­ta: As mulhe­res lá no Bra­sil fica­ram intri­ga­das por­que você as proi­biu de fala­rem na igre­ja, e caso tives­sem algu­ma dúvi­da per­gun­tas­sem para o mari­do em casa.

Pau­lo: Aqui­lo que escre­vi foi espe­cí­fi­co para uma comu­ni­da­de local. As pes­so­as têm de se recor­dar de minha pala­vra aos Gála­tas, de que em Cris­to não pode haver judeu nem gre­go; nem escra­vo nem liber­to; nem homem nem mulher, por­que todos somos um em Cris­to Jesus. (Gl 3.28)

Per­gun­ta: É mui­to comum em nos­sas igre­jas a ques­tão dos casa­men­tos mis­tos, ou seja, mulhe­res cren­tes que têm espo­sos não-cren­tes. Como é que fica isso?

Pau­lo: É sim­ples: se ela está casa­da com mari­do des­cren­te, que ela não dei­xe o mari­do. Por­que o mari­do incré­du­lo é san­ti­fi­ca­do no con­ví­vio da espo­sa, e a espo­sa incré­du­la é san­ti­fi­ca­da no con­ví­vio do mari­do cren­te. Até os filhos são aben­ço­a­dos na casa. (1Co 7.13–14)

Per­gun­ta: Algu­mas pes­so­as de nos­sa igre­ja dizem que não sabem orar. O que você fala­ria para elas?

Pau­lo: E quem é que sabe orar ? Nin­guém. Na ver­da­de não somos nós que ora­mos mais é o Espí­ri­to que ora em nós e nos assis­te em nos­sa fra­que­za. É o Espí­ri­to que inter­ce­de por nós, mui­tas vezes com gemi­dos inex­pri­mí­veis. (Rm 8.26)

Per­gun­ta: Pau­lo, que­re­mos que o poder do Espí­ri­to flua intei­ra­men­te em nós. Mas isso nem sem­pre tem acon­te­ci­do. Será que ain­da fal­ta rece­ber mais algu­ma coi­sa que não rece­be­mos? Temos de espe­rar acon­te­cer algo?

Pau­lo: Tudo o que vocês pre­ci­sam para ter uma vida ple­na, já rece­be­ram. Aliás, se não tives­sem rece­bi­do o Espí­ri­to de Cris­to, nem cren­tes seri­am. Eu nun­ca falei para espe­rar que “algu­ma coi­sa” ain­da acon­te­ces­se, mas o que eu dis­se nas epís­to­las foi: — Ago­ra que vocês têm o Espí­ri­to, enchei-vos Dele. Encham-se cada vez mais do Espí­ri­to. Não entris­te­çam o Espí­ri­to, nem apa­guem o Espí­ri­to. O Espí­ri­to não foi con­ce­di­do em “peda­ços” e nem está fal­tan­do uma par­te a rece­ber: pois todos quan­tos foram bati­za­dos em Cris­to de Cris­to se reves­ti­ram. Por­tan­to, enchei-vos do Espí­ri­to. (Rm 8.9; Ef 5.18; Gl 3.27)

Per­gun­ta: O que você nos ensi­na­ria para ter­mos um cul­to que Deus se agrade?

Pau­lo: Olha, tudo o que se faz num cul­to tem de ser para a edi­fi­ca­ção do povo. Aqui na nos­sa igre­ja em Corin­to, por exem­plo, os irmãos têm mui­tos dons: um tem sal­mo, outro dou­tri­na, outro traz reve­la­ção, outro lín­gua, outro inter­pre­ta­ção. Óti­mo, mas tem de ser de uma manei­ra que edi­fi­que, senão não adi­an­ta. Eu tive de inter­vir e dizer para eles: tudo pre­ci­sa ser fei­to com ordem, pois Deus não é de con­fu­são e sim de paz! (1Co 14.26; 1Co 14.40; 1Co 14.33).

Per­gun­ta: Foi por isso que você escre­veu o “hino ao amor” para a igre­ja de Corinto?

Pau­lo: Cla­ro! Não adi­an­ta­ria nada a eles falar em lín­guas, pro­fe­ti­zar, conhe­cer todos os mis­té­ri­os, trans­por­tar mon­tes, se não tives­sem o amor den­tro de si. Eles seri­am ape­nas cren­tes baru­lhen­tos e nada mais; aliás, nem cren­tes seri­am pois nin­guém pode dizer que é cris­tão se não vive o amor. (1Co 13.1–3)

Per­gun­ta: A igre­ja bra­si­lei­ra é cons­tan­te­men­te asso­la­da por divi­sões, e cada igre­ja nova que sur­ge, ela fala que é a ver­da­dei­ra. Está cer­to isso?

Pau­lo: Ah, vocês tam­bém têm esse pro­ble­ma? Aqui é um tal de falar que é de Pau­lo, outro falar que é de Pedro, outro de Apo­lo. Quem somos nós? Somos ape­nas ser­vos. Na ver­da­de, Deus é mais impor­tan­te: é Dele que vem a sal­va­ção e o cres­ci­men­to. (1Co 3.4–6)

Per­gun­ta: Que pala­vra exor­ta­ti­va você daria aos irmãos evan­gé­li­cos brasileiros?

Pau­lo: Rogo a vocês, irmãos, pelo nome do nos­so Senhor Jesus Cris­to, que faleis todos a mes­ma cou­sa e que não haja entre vós divi­sões; antes, sejam intei­ra­men­te uni­dos, na mes­ma dis­po­si­ção men­tal e no mes­mo pare­cer. (1Co 1.10)

Pr. Daniel Rocha

Pr. Dani­el Rocha

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