É tempo de florescer!

O jus­to flo­res­ce­rá como a pal­mei­ra; cres­ce­rá como o cedro no Líba­no. Os que estão plan­ta­dos na casa do Senhor flo­res­ce­rão nos átri­os do nos­so Deus” (Sal­mo 92:12–13).

Amanhã come­ça uma nova esta­ção, a pri­ma­ve­ra, épo­ca do ano pre­fe­ri­da de mui­tas pes­so­as. Afi­nal, serão três meses de tem­pe­ra­tu­ras agra­dá­veis e chu­va refres­can­te, em que os dias ficam mais lon­gos e gos­to­sos. Essa com­bi­na­ção de sol e chu­va pro­mo­ve a prin­ci­pal carac­te­rís­ti­ca des­sa esta­ção do ano: árvo­res flo­res­cen­do por todos os lados. É tem­po de florescer!

Não se sabe com exa­ti­dão quem é o autor do Sal­mo 92, mas tra­ta-se de um hino de lou­vor e con­fir­ma­ção de fé: “Os jus­tos flo­res­ce­rão como a pal­mei­ra; cres­ce­rão como o cedro no Líba­no”. Pal­mei­ras são árvo­res com um lon­go tem­po de vida. Flo­res­cer como uma pal­mei­ra sig­ni­fi­ca per­ma­ne­cer por cima das cir­cuns­tân­ci­as e viver uma lon­ga vida. Já o cedro-do-líba­no cres­ce deva­gar, mas che­ga a atin­gir a altu­ra de até 40 metros. Nos pri­mei­ros três anos de vida, suas raí­zes cres­cem até um metro e meio de pro­fun­di­da­de, enquan­to a par­te que está sobre a super­fí­cie alcan­ça ape­nas cer­ca de cin­co cen­tí­me­tros. Somen­te a par­tir do quar­to ano é que a árvo­re come­ça a cres­cer de fato. O cris­tão é como o cedro-do-líba­no e, por­tan­to, tem a pro­mes­sa de cres­cer. Ain­da que o seu cres­ci­men­to seja len­to, con­for­me a expe­ri­ên­cia do cedro, ele acon­te­ce­rá e se tor­na­rá visí­vel a todos. Essas são duas ver­da­des espi­ri­tu­ais: os cris­tãos têm raí­zes pro­fun­das e florescem.

Minha pri­mei­ra per­gun­ta é: você está flo­res­cen­do? Mui­tas vezes per­ce­bo pes­so­as que já estão há mui­to tem­po na cami­nha­da de fé, fre­quen­tam a igre­ja há mui­tos anos, mas ain­da são plan­ti­nhas mir­ra­das. Pas­sa pri­ma­ve­ra após pri­ma­ve­ra, e nada de flo­res e fru­tos. Con­fes­so que essa situ­a­ção me pro­vo­ca uma gran­de inqui­e­ta­ção. Pri­mei­ro fico me per­gun­tan­do se essas pes­so­as não enxer­gam o que ocor­re com elas e, segun­do, se enxer­gam, por que não fazem nada para mudar isso. Flo­res­cer não é uma opção. De acor­do com o sal­mis­ta, “o jus­to flo­res­ce­rá”. E, nas pala­vras de Jesus, nos­sa cami­nha­da de fé deve ser pro­gres­si­va e ascen­den­te: “Eu sou a videi­ra ver­da­dei­ra, e meu Pai é o agri­cul­tor. Todo ramo que, estan­do em mim, não der fru­to, Ele o cor­ta; e todo o que dá fru­to lim­pa, para que pro­du­za mais fru­to ain­da” (Jo 15:1–2). Pen­se: será que já não pas­sou da hora de você florescer?

Plan­ta­dos na casa do Senhor, flo­res­ce­rão nos átri­os do nos­so Deus.” Átrio é o apo­sen­to mais impor­tan­te de uma casa, palá­cio ou tem­plo. Quan­do o sal­mis­ta cita o átrio, ele tem em men­te aque­le local em que os reis de sua épo­ca vivi­am. Naque­le tem­po, só havia duas pos­si­bi­li­da­des de alguém che­gar à fren­te de um rei: sen­do con­vi­da­do por ele ou se ele esten­des­se o cetro na dire­ção da pes­soa. Quan­do o sal­mis­ta cita que os jus­tos flo­res­ce­rão nos átri­os do nos­so Deus, ele está dizen­do que temos aces­so à Sua pre­sen­ça ou por­que o pró­prio Deus nos con­vi­dou ou por Ele sem­pre esten­der Seu cetro em nos­sa dire­ção. É algo mara­vi­lho­so ima­gi­nar um Deus que quer rela­ci­o­nar-Se conos­co e ama quan­do esta­mos em Sua presença.

Essa é a segun­da per­gun­ta que faço: onde você tem fixa­do suas raí­zes? Pois, segun­do o sal­mis­ta, os que estão plan­ta­dos na casa do Senhor, esses irão flo­res­cer. Cer­ta­men­te, a prin­ci­pal razão para não flo­res­cer­mos é depo­si­tar­mos nos­sa con­fi­an­ça, espe­ran­ça e fé na coi­sa erra­da. Ir à igre­ja, cum­prir cos­tu­mes reli­gi­o­sos e dou­tri­nas, ter uma ima­gem de “cris­tão” não con­fi­gu­ram em si uma vida plan­ta­da na pre­sen­ça de Deus, até por­que o sal­mo nos diz que é nos átri­os do Senhor, ou seja na Sua inti­mi­da­de, que flo­res­ce­re­mos. Isto é, fixar raí­zes ape­nas numa vida reli­gi­o­sa fará de nós homens e mulhe­res infru­tí­fe­ros; con­tu­do, se nos­sas raí­zes esti­ve­rem no mais ínti­mo da pre­sen­ça de Deus, flo­res­ce­re­mos. “Mas outras [semen­tes] caí­ram na boa ter­ra e, bro­tan­do e cres­cen­do, davam fru­to, um grão pro­du­zia trin­ta, outro ses­sen­ta e outro cem” (Mc 4:8).

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Pr. Tia­go Valentin

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