Um novo coração por meio de Jesus Cristo

A fim de que nenhum de vós seja endu­re­ci­do pelo enga­no do pecado”
(Hebreus 3:13b).

Certa­men­te, uma das mai­o­res ame­a­ças à vida das pes­so­as, inde­pen­den­te­men­te de sua fé ou de sua cor reli­gi­o­sa, é o pro­ces­so de rigi­dez pre­sen­te, não rara­men­te, na cami­nha­da de homens e mulheres.

O endu­re­ci­men­to do cora­ção e da men­te, ao con­trá­rio do que mui­tos pen­sam, não ocor­re de uma hora para outra. É pre­ci­so tem­po. Tem­po gra­da­ti­vo de afas­ta­men­to, des­ca­so, decep­ção, tris­te­za, amar­gu­ra, qui­e­tu­de, revol­ta e esque­ci­men­to. Já não somos mais o que fomos.

A reli­gi­o­si­da­de super­fi­ci­al, o mora­lis­mo recal­ca­do, a espi­ri­tu­a­li­da­de oca, o inte­res­se pes­so­al vai­do­so, o patru­lha­men­to com­por­ta­men­tal e a aten­ção às peque­nas situ­a­ções são exem­plos de mani­fes­ta­ções peca­mi­no­sas que defi­nham a alma e nos levam à des­cren­ça e à rigidez.

O cora­ção endu­re­ci­do arruí­na não somen­te sua vida, mas a vida de seus fami­li­a­res. Há mui­tos acon­te­ci­men­tos em nos­sas vidas que ocor­rem por­que se ori­gi­na­ram de um cora­ção duro. Há con­seqüên­ci­as dolo­ro­sas em nos­sas vidas por­que toma­mos ati­tu­des ins­pi­ra­das num cora­ção duro. Há sen­ti­men­tos que per­ma­ne­cem ruin­do nos­sas emo­ções por­que são sen­ti­men­tos ali­men­ta­dos por um cora­ção duro.

Cora­ção duro é aque­le que não quer mudar, não quer se cur­var à von­ta­de de Deus e insis­te em per­ma­ne­cer envol­vi­do com a car­na­li­da­de huma­na. Um cora­ção duro não per­mi­te a ação de Deus, mas da car­ne, que gera ódio, ran­cor, ciú­mes e coi­sas semelhantes.

Como é feliz o homem cons­tan­te no temor do Senhor! Mas quem endu­re­ce o cora­ção cai­rá na desgraça”
(Pv 28:14).

Deus quer liber­tar, curar vidas, mas somen­te fará isso com aque­les que depo­si­tam seus cora­ções nas mãos d’Ele, para que Ele trans­for­me sen­ti­men­tos que geram dor em sen­ti­men­tos que geram vida e alegria.

Estou cer­to de que Deus está isen­to quan­do con­si­de­ra­mos os sen­ti­men­tos e as cer­te­zas que nos leva­ram ao endu­re­ci­men­to. São outros moti­vos, razões dis­tin­tas que apa­ga­ram a cha­ma e des­truí­ram o pri­mei­ro amor. Por isso, é sem­pre bom tomar cui­da­do e lan­çar novos olha­res na dire­ção de Jesus.

Encon­trar pes­so­as que nos aju­dem a cons­truir uma posi­ção madu­ra na fé tam­bém é impor­tan­te, para que, ao lon­go do cami­nho, não fique­mos endu­re­ci­dos pelo que expe­ri­men­ta­mos, mas cien­tes de que o pon­to de equi­lí­brio e per­se­ve­ran­ça resi­de em Deus, por meio de Cris­to Jesus.

O cora­ção ale­gre afor­mo­seia o ros­to, mas pela dor do cora­ção o espí­ri­to se aba­te. O cora­ção enten­di­do bus­ca­rá o conhe­ci­men­to, mas a boca dos tolos se apas­cen­ta­rá de estul­tí­cia. Todos os dias do opri­mi­do são maus, mas o cora­ção ale­gre é um ban­que­te con­tí­nuo. Melhor é o pou­co com o temor do Senhor, do que um gran­de tesou­ro onde há inqui­e­ta­ção” (Pv 15:13–16).

Pr. Lucas Gomes

Semi­na­ris­ta Lucas Gomes

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