Se não edificar, não serve

O após­to­lo Pau­lo escre­veu mui­tos tex­tos difí­ceis de inter­pre­tar. Até o após­to­lo Pedro, seu com­pa­nhei­ro de Igre­ja Pri­mi­ti­va, recla­mou dis­so (2Pe3.16). Mas há alguns tex­tos do após­to­lo que são cla­ros e não reque-

rem mui­tas expli­ca­ções, pois suas pala­vras falam por si só. Um des­ses tex­tos cla­ros e cris­ta­li­nos como um ria­cho, está em 1Co 14.26b: “…seja tudo fei­to para edificação”.

Com quem Pau­lo está falan­do? Com a Igre­ja. Qual o moti­vo que o levou a dizer isso? Para que a igre­ja apren­des­se e enten­des­se que tudo o que ela faz é para só um pro­pó­si­to: levar ao cres­ci­men­to do Cor­po de Cris­to. Em outras pala­vras: se não edi­fi­ca, não serve.

Se não leva a uma vida de mai­or matu­ri­da­de, não ser­ve. Se não pro­mo­ve a comu­nhão, a uni­da­de, a paz, o amor, não ser­ve. Se edi­fi­ca só a pró­pria pes­soa, tam­bém não ser­ve, por­que o Cor­po não rece­beu cres­ci­men­to. Se só pro­mo­ve “entre­te­ni­men­to”, é “gos­to­so”, é “legal” mas não leva a uma mai­or com­pre­en­são de Deus, tam­bém não ser­ve, por­que per­deu um tem­po útil que não levou à edificação.

Se aqui­lo que eu faço é cor­re­to na minha opi­nião, mas leva à divi­são e fac­ções, tam­bém não ser­ve, por­que ao invés de cons­truir, des­trói. Se esta­mos mais avan­ça­dos em fé e espi­ri­tu­a­li­da­de e ten­ta­mos incu­tir nos­sa for­ma de ver a outros, sem que este­jam pre­pa­ra­dos para enten­de-las, tam­bém não ser­ve, por­que além de não edi­fi­car, cri­ou muros de separação.

Se nos­sa pre­ga­ção não tem um pro­pó­si­to cla­ro e um obje­ti­vo pre­ci­so, tam­bém não ser­ve, por­que a pro­li­xi­da­de (exces­so de pala­vras) não pro­duz edi­fi­ca­ção da men­te, por­tan­to não ser­ve. A exor­ta­ção e a cor­re­ção são coi­sas boas para a igre­ja, mas se não são fei­tas com pro­fun­da humil­da­de de quem exor­ta, não ser­ve, por­que impe­diu que o outro apren­des­se com o seu ensinamento.

Se aqui­lo que eu rece­bi par­ti­cu­lar­men­te de Deus não é mui­to cla­ro, então eu não pos­so pas­sar adi­an­te enquan­to não hou­ver total dis­cer­ni­men­to, por­que Deus não dei­xa a Sua Igre­ja “con­fu­sa” (tal­vez Pau­lo nun­ca con­tou o que viu e ouviu quan­do subiu em êxta­se até o ter­cei­ro céu, por­que nun­ca o enten­de­ri­am, e por­tan­to não edificaria).

Enfim, é neces­sá­rio que a Igre­ja de Cris­to, em todas as suas ações, leve sem­pre à edi­fi­ca­ção do Cor­po. As ora­ções, as men­sa­gens, os cân­ti­cos, as pro­fe­ci­as, os tes­te­mu­nhos, e tudo o mais que se faça, pre­ci­sa ter um só pro­pó­si­to: edi­fi­car a Igreja.

Pr. Daniel Rocha

Pas­tor Dani­el Rocha

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