Servir é libertador

Jesus Lava os Pés dos Dis­cí­pu­los”,
por Les­zek Forczek

Eis um sen­ti­men­to que só enten­de quem pas­sa por ele. Ser­vir a Deus é algo incom­pa­rá­vel, e o efei­to que nos cau­sa é difí­cil de des­cre­ver. Ser­vir é algo ine­ren­te a quem tem o cora­ção ali­nha­do com o do Pai. Quan­do o Mes­tre cha­ma os pes­ca­do­res à bei­ra-mar, Ele os cha­ma não para fica­rem “à toa”, mas para exer­ce­rem uma nova fun­ção. Eles são desa­fi­a­dos a dei­xar de ser pes­ca­do­res para trans­for­mar o mundo!

O pró­prio Jesus fez ques­tão de escla­re­cer que não veio para ser ser­vi­do, mas sim para ser­vir, e quem qui­ser segui-Lo deve estar dis­pos­to a tomar a for­ma de ser­vo. O epi­só­dio pré-Ceia é emble­má­ti­co. Quan­do Jesus toma a toa­lha e pas­sa a lavar os pés dos dis­cí­pu­los, Ele exer­ce a fun­ção ser­vi­çal mais indig­na daque­le tempo.

Por­tan­to, fica mais do que evi­den­te que ser­vir é, ou pelo menos deve­ria ser, natu­ral a quem segue a Jesus, pois ser dis­cí­pu­lo é apren­der e imi­tar o que o Mes­tre faz. Quem é dis­cí­pu­lo de Cris­to ser­ve – e o faz com alegria!

Quan­do Jesus envia os seten­ta dis­cí­pu­los para leva­rem a boa nova do Evan­ge­lho, Ele faz uma série de reco­men­da­ções e, ao que pare­ce, a mis­são dos dis­cí­pu­los era desa­fi­a­do­ra. Deve­ri­am, inclu­si­ve, estar pre­pa­ra­dos para a recu­sa da men­sa­gem que pre­ga­vam. Mas, a des­pei­to das adver­si­da­des que tives­sem encon­tra­do enquan­to ser­vi­am, eles vol­ta­vam com uma ale­gria exta­si­an­te e evi­den­te: “Então, regres­sa­ram os seten­ta, pos­suí­dos de ale­gria, dizen­do: Senhor, os pró­pri­os demô­ni­os se nos sub­me­tem pelo Teu nome!” (Lc 10:17).

A Pala­vra está reple­ta de epi­só­di­os que rela­tam expres­sões de ser­vi­ço e sua impor­tân­cia para Deus. Isso por­que, quan­do esta­mos ser­vin­do, rom­pe­mos com a indi­fe­ren­ça, com o indi­vi­du­a­lis­mo e com a ali­e­na­ção. Ao ser­vir, vamos na dire­ção do outro, vamos na dire­ção das suas neces­si­da­des e da sua rea­li­da­de; saí­mos do nos­so gue­to, da nos­sa bolha, e dei­xa­mos de ser pes­so­as ensi­mes­ma­das, melin­dro­sas e viti­mis­tas; somos liber­tos do que há de pior em nós.

Quan­do ser­vi­mos, nos sen­ti­mos úteis, e não para uma sim­ples tare­fa, pois nos­sas vidas imper­fei­tas e limi­ta­das pas­sam a ser usa­das pelas hábeis mãos do Rei dos Reis, Senhor dos Senho­res e Cri­a­dor dos céus e da ter­ra. Deus não pre­ci­sa de nós, mas nos olha com mise­ri­cór­dia e gra­ça, dan­do-nos o gran­de pri­vi­lé­gio de ser­mos canais da Sua ação pode­ro­sa. Seja a tare­fa sim­ples ou com­ple­xa, ser usa­do por Deus defi­ni­ti­va­men­te nos liberta.

Que pos­sa­mos aten­der ao cla­mor do sal­mis­ta, que nos con­vi­da a ser­vir ao Senhor com ale­gria (Sl 100). Colo­que seu cora­ção no lugar cer­to, e esse lugar é onde o cora­ção do Pai está. Deus ama vidas e quer alcan­çá-las por meio do nos­so amor e do nos­so serviço.

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Rev. Tia­go Valentin

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