Santidade, Avivamento e Crescimento (SAC)

O Bis­po José Car­los Peres, pre­si­den­te da 3ª. Região Ecle­siás­ti­ca (RE) da Igre­ja Meto­dis­ta, tem nos ori­en­ta­do que deve­mos pau­tar nos­sa ação mis­si­o­ná­ria em um tri­pé: San­ti­da­de, Avi­va­men­to e Cres­ci­men­to (SAC). Segun­do o bis­po, esses três prin­cí­pi­os devem ser moti­vo de refle­xão e dire­ci­o­na­men­to das ações das igre­jas locais e de cada meto­dis­ta na 3ª. RE. O SAC não é nenhu­ma novi­da­de e o bis­po não quer com isso rein­ven­tar a roda; ape­nas dese­ja que pas­se­mos a usá-la!

San­ti­da­de é uma das bases da dou­tri­na meto­dis­ta, segun­do John Wes­ley. Depois de ter­mos uma expe­ri­ên­cia com Cris­to, deve­mos tri­lhar o cami­nho da per­fei­ção cris­tã. Antes, porém, de ser meto­dis­ta, a san­ti­da­de é uma dou­tri­na bíbli­ca. Con­tu­do, nós, wes­leya­nos, enten­de­mos que a san­ti­da­de é o meio pelo qual Deus trans­for­ma nos­sas vidas e, con­se­quen­te­men­te, o mun­do em que vive­mos. Por uma série de fato­res, sobre­tu­do pela secu­la­ri­za­ção da fé e da reli­gião, a san­ti­da­de pas­sou a ser con­si­de­ra­da sem rele­vân­cia prá­ti­ca para a vida. Entre­tan­to, não é nis­so que cre­mos e por isso o Bis­po Peres tem nos ori­en­ta­do a colo­car a san­ti­da­de no todo de nos­sas agendas.

O meto­dis­mo do sécu­lo XVIII é reco­nhe­ci­do como um dos prin­ci­pais movi­men­tos de avi­va­men­to na his­tó­ria da Igre­ja Pro­tes­tan­te, fru­to de uma inten­sa e sin­ce­ra bus­ca por san­ti­da­de. Em sín­te­se, Wes­ley e seus com­pa­nhei­ros, ao estu­dar com pro­fun­di­da­de a Pala­vra de Deus, orar e jeju­ar bus­can­do Sua von­ta­de, foram com­pe­li­dos a expres­sar con­cre­ta­men­te a gra­ça e o amor de Deus àque­les que mais pre­ci­sa­vam. Avi­va­men­to nada tem a ver com ali­e­na­ção, his­te­ria ou super­fi­ci­a­li­da­de. Uma igre­ja avi­va­da é uma comu­ni­da­de pro­fun­da­men­te com­pro­me­ti­da em mudar o con­tex­to em que está inse­ri­da. É uma comu­ni­da­de cheia do poder e da auto­ri­da­de de Deus para denun­ci­ar o peca­do e anun­ci­ar a salvação.

Uma igre­ja que se san­ti­fi­ca é revi­vi­fi­ca­da pelo poder de Deus e esse pro­ces­so bíbli­co e wes­leya­no leva natu­ral­men­te a igre­ja a cres­cer. Mui­tas pes­so­as se sen­tem inco­mo­da­das quan­do o assun­to é cres­ci­men­to. Esses crí­ti­cos logo dizem que o impor­tan­te é cres­cer em qua­li­da­de, pois a quan­ti­da­de será uma con­sequên­cia. Isso, porém, é uma arma­di­lha mui­to sutil. Pode­mos ter mui­ta qua­li­da­de, mas ape­nas para os que já são da igre­ja. E qua­li­da­de sem dire­ci­o­na­men­to nada mais é do que vai­da­de. Sem san­ti­da­de e sem o reno­vo do Senhor, não somos capa­zes de cres­cer. Aliás, na visão do Bis­po Peres, pode­mos e deve­mos cres­cer nume­ri­ca­men­te, pois nos­sa Igre­ja tem uma visão sau­dá­vel e equi­li­bra­da da vida cris­tã que pre­ci­sa ser com­par­ti­lha­da com outras pessoas.

Con­vi­do todos a refle­tir sobre essa visão que, repi­to, não traz nada de novo. Ape­nas dá ênfa­se à San­ti­da­de, ao Avi­va­men­to e ao Cres­ci­men­to. Na minha ava­li­a­ção pas­to­ral, essa é uma visão sim­ples que deve­mos assi­mi­lar e pra­ti­car sem mui­ta difi­cul­da­de. Afi­nal, nada do que está sen­do des­ta­ca­do diver­ge daqui­lo em que acre­di­ta­mos e pregamos.

Pr Tiago Valentim

Do ami­go e pastor,
Pr. Tia­go Valentin

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