Recomece com Fé!

Bri­lho”, por Mike Moyers – Pri­mei­ro domin­go do Advento

Hoje come­ça o perío­do no calen­dá­rio cris­tão que é deno­mi­na­do Adven­to. O nome vem da pala­vra lati­na adven­tus, que sig­ni­fi­ca “vin­da”, “espe­ra” ou “o que há de vir”. Tra­ta-se de uma cele­bra­ção cujo foco é a expec­ta­ti­va pela vin­da do Mes­si­as, o Cris­to pro­me­ti­do. Por­tan­to, ini­ci­a­mos hoje esse tem­po que nos reme­te à espe­ra pelo Sal­va­dor. É cla­ro que o Adven­to é um sím­bo­lo da nos­sa espe­ran­ça rela­ti­va a algo que já se con­cre­ti­zou: Jesus já veio e rei­na­rá eternamente!

O calen­dá­rio litúr­gi­co cris­tão é orga­ni­za­do em qua­tro gran­des blo­cos: o ciclo do Natal, ini­ci­a­do pelo Adven­to; o tem­po comum; o ciclo da Pás­coa; e, nova­men­te, o tem­po comum. Por­tan­to, o Adven­to é o come­ço do calen­dá­rio, ou seja, em todos os Adven­tos esta­mos reco­me­çan­do uma lon­ga e extra­or­di­ná­ria jor­na­da que reve­la a salvação.

Como sabe­mos, esta­mos viven­do tem­pos difí­ceis: pan­de­mia, cri­se polí­ti­ca e econô­mi­ca, pola­ri­za­ção soci­al e detur­pa­ção dos valo­res e da éti­ca. Mas o Adven­to nos sina­li­za um novo tem­po, uma nova opor­tu­ni­da­de para recomeçar.

A Pala­vra de Deus nos apre­sen­ta diver­sos reco­me­ços. Pode­mos até dizer que o nos­so Deus é o “Deus dos reco­me­ços”. Na Bíblia, não nos fal­tam exem­plos de reco­me­ço. Pode­mos citar Noé e o dilú­vio, José do Egi­to, o êxo­do do povo hebreu com Moi­sés, a entra­da em Canaã, a res­tau­ra­ção do sacer­dó­cio com Samu­el, a mudan­ça de rei com Davi, a recons­tru­ção de Jeru­sa­lém e, o mais impor­tan­te de todos os reco­me­ços, a vin­da de Jesus!

Deus reco­me­ça seus pla­nos por­que tem um obje­ti­vo do qual não abre mão: rela­ci­o­nar-Se com a Sua cri­a­ção. E todas as vezes que O vemos ofe­re­cen­do novas opor­tu­ni­da­des e cami­nhos para o Seu povo é com a fina­li­da­de de tê-lo pró­xi­mo a Si. Deus não desis­te de Seus pla­nos; Ele não desis­te de nós.

Ao cele­brar­mos mais um Adven­to, o mais impor­tan­te para nós é ter­mos a cla­re­za de que esta­mos dian­te de mais uma opor­tu­ni­da­de de rever­mos nos­sas pri­o­ri­da­des e valo­res. A vin­da de Jesus para viver entre nós indi­ca que Ele abriu mão de tudo para fazer a von­ta­de do Pai. E nós? Esta­mos dis­pos­tos a aban­do­nar algo para fazer a von­ta­de d’Ele?

A cri­se é um fato. Defi­ni­ti­va­men­te, não se tra­ta ape­nas de uma “gri­pe­zi­nha”. Con­tu­do, o Senhor é espe­ci­a­lis­ta em mani­fes­tar Sua gra­ça e Seu poder em tem­pos de cri­se. Quan­do tudo vai mal, Ele abre por­tas, aplai­na cami­nhos, move céus e ter­ra a nos­so favor. Nem que Ele tenha de aca­bar com tudo, como fez com o dilú­vio, ou tenha de abrir mão de toda a Sua gló­ria, toman­do a for­ma de ser­vo, Ele fará o que for pre­ci­so para que pos­sa­mos come­çar de novo, com fé, cora­gem, intre­pi­dez e alegria.

Que a ben­ção do Senhor este­ja sobre nos­sas vidas e sobre nos­sas famí­li­as duran­te este perío­do de refle­xão e expec­ta­ti­va. Que nes­te Natal o “novo nor­mal” se limi­te às ques­tões sani­tá­ri­as, pois o novo de ver­da­de nos é reve­la­do no meni­no Jesus, que nas­ce para fazer novas todas as coisas.

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Tia­go Valentin

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