O efeito Jesus

Anun­ci­a­ção”, por He Qi

O anún­cio da gra­vi­dez de uma mulher é sem­pre sur­pre­en­den­te, pois não há nenhum meio de pre­ver quan­do uma con­cep­ção vai acon­te­cer. Dize­mos que isso fica a car­go da natu­re­za e da von­ta­de de Deus. O anún­cio de uma gra­vi­dez gera expec­ta­ti­vas, dúvi­das e sonhos. A pre­sen­ça de uma cri­an­ça traz ale­gria para o ambi­en­te em que ela está. É por isso que, na gran­de mai­o­ria das vezes, a notí­cia da vin­da de uma nova vida a este mun­do é sinô­ni­mo de ale­gria para aque­les que a rece­bem. No entan­to, não pode­mos dei­xar de citar que um bebê cau­sa gran­des efei­tos na vida de sua mãe e de sua família.

No caso de Maria, mãe de Jesus, ocor­reu uma mis­tu­ra de todos esses sen­ti­men­tos e sen­sa­ções. Pode­mos ima­gi­nar o que se pas­sou em seu cora­ção quan­do um anjo entrou em seu quar­to e decla­rou: “Eis que con­ce­be­rás e darás à luz um filho, a quem cha­ma­rás pelo nome de Jesus” (Lc 1:31). Pode­mos até conhe­cer his­tó­ri­as sur­pre­en­den­tes de anún­ci­os de gra­vi­dez, mas cer­ta­men­te nenhu­ma se com­pa­ra à vin­da de Jesus.

Maria, uma meni­na pro­me­ti­da a José, ain­da vir­gem, rece­be a visi­ta de um men­sa­gei­ro de Deus para lhe tra­zer a boa nova de que ela havia sido esco­lhi­da para ser a pro­ge­ni­to­ra do Seu Filho. Há mui­tos mis­té­ri­os e são inú­me­ros os des­do­bra­men­tos teo­ló­gi­cos que envol­vem esse even­to. Deus Se reve­la mais uma vez como um ser sur­pre­en­den­te ao envi­ar Seu Filho ao mun­do fazen­do uso de uma mulher frá­gil, impo­ten­te e inca­paz aos olhos humanos.

Os efei­tos que Jesus cau­sou na vida de Maria foram extra­or­di­ná­ri­os. O pri­mei­ro des­ta­que que faço é que, com a entra­da de Jesus na vida de Maria, ela pas­sou a ouvir a voz de Deus: “E, entra­do o anjo onde ela esta­va, dis­se: Ale­gra-te, mui­to favo­re­ci­da! O Senhor é con­ti­go”. Na Bíblia, as apa­ri­ções de anjos sim­bo­li­zam o pró­prio Deus falan­do com Seus filhos e filhas; o anjo ou men­sa­gei­ro nada mais é do que a per­so­ni­fi­ca­ção da voz de Deus. Quan­do Jesus entra na nos­sa vida, Ele res­ta­be­le­ce nos­so vín­cu­lo com o Pai, Ele nos reco­nec­ta com o Cri­a­dor, e assim pas­sa­mos a dis­cer­nir e ouvir Sua voz e, por­tan­to, Sua von­ta­de para nos­sas vidas.

O segun­do des­ta­que é que, com a entra­da de Jesus na vida de Maria, ela pas­sa a crer no impos­sí­vel: “Por­que para Deus não have­rá impos­sí­veis em todas as Suas pro­mes­sas”. Como eu dis­se aci­ma, Maria era vigem, mas esta­va grá­vi­da, o que raci­o­nal­men­te é impos­sí­vel de acon­te­cer. Mas, dian­te do anún­cio do anjo Gabri­el e ape­sar da impos­si­bi­li­da­de de ela estar grá­vi­da, Maria deci­de crer que Deus pode­ria fazer aqui­lo. Isso é o que acon­te­ce quan­do Jesus entra em nos­sas vidas. Pas­sa­mos a crer não em nós, ou na ciên­cia, ou na lógi­ca das coi­sas e dos fatos, mas sobre­tu­do que Deus pode fazer coi­sas impossíveis.

Em ter­cei­ro e últi­mo lugar, ao entrar na vida de Maria, Jesus gera nela o dese­jo de viver para fazer a von­ta­de do Pai: “Então, dis­se Maria: Aqui está a ser­va do Senhor; que se cum­pra em mim con­for­me a Tua pala­vra”. Tal­vez sem com­pre­en­der exa­ta­men­te o que lhe esta­va acon­te­cen­do, e sem ter a dimen­são do que aque­le filho repre­sen­ta­va, Maria se sub­me­te à von­ta­de de Deus, colo­can­do sua vida à dis­po­si­ção d’Ele para o cum­pri­men­to da promessa.
Quan­do Jesus entra em nos­sas vidas, dei­xa­mos de viver para nós mes­mos e pas­sa­mos a viver para fazer a von­ta­de do Pai; pas­sa­mos a viver para ser­vir o próximo.
Que nes­te tem­po de Adven­to, você pos­sa pre­pa­rar-se mais uma vez para que Jesus nas­ça em seu cora­ção e pos­sa pro­vo­car efei­tos de trans­for­ma­ção, cura, liber­ta­ção e con­ver­são em sua vida!

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Pr. Tia­go Valentin

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