N’Ele a gente pode confiar

Você já se decep­ci­o­nou com alguém? Alguém já frus­trou suas expec­ta­ti­vas? Cer­ta­men­te, a mai­o­ria de nós infe­liz­men­te já pas­sou por expe­ri­ên­ci­as em que con­fi­a­mos ou espe­ra­mos algo de alguém e não fomos cor­res­pon­di­dos. Isso acon­te­ce por­que nenhum de nós, sem exce­ção, dá con­ta de cor­res­pon­der ou suprir todos os ansei­os das pes­so­as com as quais nos rela­ci­o­na­mos, pois, não impor­ta quem seja­mos, todos esta­mos sujei­tos a errar. Como dize­mos, errar é huma­no e, sim, o líder do PG, o minis­tro de lou­vor, o líder de minis­té­rio ou o(a) pastor(a) pode even­tu­al­men­te nos decep­ci­o­nar. A úni­ca pes­soa que nun­ca nos decep­ci­o­na e sem­pre aten­de nos­sas expec­ta­ti­vas é Jesus.

Cer­ta vez, dis­ci­pu­lan­do seus segui­do­res, Jesus afir­mou: “Eu sou o bom pas­tor. O bom pas­tor dá a sua vida pelas ove­lhas” (Jo 10:11). Con­fes­so que, como pas­tor, não sei se seria capaz de dar a minha vida por alguém. Bem, tal­vez isso decep­ci­o­ne você, mas essa é a ver­da­de! Bus­co exer­cer o minis­té­rio pas­to­ral com exce­lên­cia, pois o faço para Deus; entre­tan­to, tenho ple­na cons­ci­ên­cia de que tam­bém sou ove­lha, sou huma­no, falho e peca­dor como qual­quer um que está len­do esta pas­to­ral. Mas Deus é o nos­so pas­tor e por isso pode­mos decla­rar que nada tem nos fal­ta­do nem fal­ta­rá (Sl 23.1).

Quan­do Davi escre­veu esse ver­so, ele ain­da não era rei, e sim um pas­tor, um pas­tor de ove­lhas. No Sal­mo 23, Davi asso­cia a figu­ra do seu Deus à de um pas­tor e se vê no lugar de uma ove­lha. Por­tan­to, a ove­lha está reco­nhe­cen­do que tem um pas­tor e que Ele é o seu Senhor.

A con­clu­são do sal­mis­ta nos reve­la algu­mas coi­sas sobre o rela­ci­o­na­men­to do pas­tor­zi­nho de ove­lhas com o seu Senhor: ao se ver como uma ove­lha, Davi reco­nhe­ce que é inde­fe­so. Afi­nal, ove­lhas não têm gar­ras nem meca­nis­mos de defe­sa; ove­lhas qua­se sem­pre estão sujas e são inca­pa­zes de se lim­par sozi­nhas; ove­lhas são deso­ri­en­ta­das e pre­ci­sam o tem­po todo de alguém que lhes indi­que o cami­nho. Pode­ria Davi ter pen­sa­do em outra metá­fo­ra para expli­car sua rela­ção com o Senhor? Tal­vez sim. Ele pode­ria ter dito, por exem­plo, “O Senhor é o meu Pai”; afi­nal, a sua prin­ci­pal refe­rên­cia de auto­ri­da­de era Jes­sé, seu pai. Ou “O Senhor é a minha ins­pi­ra­ção”, o que não seria men­ti­ra, pois Davi com­pu­nha sem­pre sina­li­zan­do a gran­de­za, a mise­ri­cór­dia e a bon­da­de do Senhor.

Mas o dife­ren­ci­al de ser uma ove­lha é que há uma úni­ca pes­soa que se impor­ta com ela: o seu pas­tor. Deus, que é o nos­so pas­tor, impor­ta-se com nos­sas vidas. O pas­tor defen­de suas ove­lhas do mal e do peri­go, livran­do-as e adver­tin­do-as; o pas­tor cui­da das ove­lhas e faz de tudo para pre­ser­vá-las lim­pas; o pas­tor guia suas ove­lhas a águas tran­qui­las. Por isso, pode­mos afir­mar, com toda a cer­te­za, que o Senhor é o nos­so pas­tor, pois Ele é o nos­so defen­sor; é Ele quem nos livra das cila­das de Sata­nás e nos afas­ta dos abis­mos do peca­do; é o Senhor quem nos puri­fi­ca e lava de todo peca­do, dei­xan­do-nos mais alvos do que a neve; é Ele quem tri­lha nos­sos cami­nhos e anda sem­pre ao nos­so lado. O Senhor nun­ca se esque­ce de nós e nun­ca nos abandona.

Todos nós, ove­lhas, pre­ci­sa­mos de um pas­tor gra­ci­o­so, mise­ri­cor­di­o­so e zelo­so. Todos nós pre­ci­sa­mos dos cui­da­dos do nos­so Senhor. Para nós, pas­to­res, huma­nos e limi­ta­dos, não exis­te nada melhor e mais aca­len­ta­dor do que saber que, na ver­da­de, somos copas­to­res de um pas­tor infa­lí­vel e supre­mo, que conhe­ce todas as Suas ove­lhas e não abre mão de nenhu­ma delas. Ain­da que, de cem ove­lhas, noven­ta e nove este­jam segu­ras no apris­co, Ele se impor­ta com aque­la que se per­deu e a res­ga­ta com gra­ça e bondade.

Por­tan­to, che­ga­mos à con­clu­são de que todos, lei­gos e pas­to­res, somos ape­nas ove­lhas de um úni­co pas­tor: o nos­so Senhor.

Pr Tiago Valentim

De uma ove­lha que pre­ci­sa ser pastoreada,
Pr. Tia­go Valentin

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