Liberte-se!

Foi para a liber­da­de que Cris­to nos liber­tou! Por­tan­to, per­ma­ne­cei fir­mes e não vos sujei­teis outra vez a um jugo de escra­vi­dão” (Gála­tas 5:1).

Pau­lo, o Após­to­lo”, por Way­ne Bre­zin­ka (2018)

Essa exor­ta­ção do após­to­lo Pau­lo sem­pre me cha­ma a aten­ção. Repa­re o que ele diz aos irmãos e irmãs da Galá­cia: vocês estão livres por­que Jesus os liber­tou! O tra­du­tor do tex­to para o por­tu­guês ain­da fez ques­tão de pon­tu­ar a fra­se com uma excla­ma­ção; ou seja, a infor­ma­ção é tão rele­van­te e cha­ma­ti­va que mere­ce ser destacada.

O após­to­lo segue dizen­do: “Por­tan­to, já que vocês rece­be­ram essa dádi­va, esse pre­sen­te da par­te do Senhor, fiquem fir­mes e não retro­ce­dam, não abram mão da sua liber­da­de”. O cho­can­te vem ago­ra. Pau­lo diz que a for­ma de se per­der a liber­da­de que nos foi dada por meio de Jesus é que nós mes­mos acei­te­mos ou, como é o sen­ti­do que ele quer dar, que nós mes­mos nos colo­que­mos nova­men­te na posi­ção de escra­vos. Ou seja, para Pau­lo o ser huma­no pode volun­ta­ri­a­men­te esco­lher ser um escra­vo ao invés de des­fru­tar da liber­da­de que o Senhor nos ofe­re­ce. Inacreditável!

Jesus nos liber­tou da escra­vi­dão do peca­do, mas tam­bém de tudo que nos impe­ça de aces­sar o per­dão e a pre­sen­ça do Pai. Por­tan­to, Jesus nos liber­ta do mal e de tudo que nos apri­si­o­na a ele. Por isso, na sequên­cia dos ver­sí­cu­los do capí­tu­lo 6 da Car­ta aos Gála­tas, Pau­lo repre­en­de aque­les que que­rem impor a cir­cun­ci­são aos con­ver­ti­dos e fina­li­za dizen­do que não é a cir­cun­ci­são ou a incir­cun­ci­são que tem valor, mas sim a fé em Jesus.

Pau­lo gas­ta um bom tem­po da car­ta tra­tan­do des­se tema por­que não depen­der mais da lei e do sis­te­ma reli­gi­o­so que a sus­ten­ta­va rela­ti­vi­za­va prin­ci­pal­men­te o papel das auto­ri­da­des reli­gi­o­sas daque­le tem­po, as quais, por sua vez, não que­ri­am per­der o con­tro­le sobre a vida e a fé das pes­so­as, pois isso resul­ta­ria na inde­pen­dên­cia, na liber­da­de delas.

Por essa razão, Pau­lo reco­men­da aos con­ver­ti­dos que fiquem fir­mes e resis­tam a essas pres­sões, pois sujei­tar-se a elas é abrir mão da liber­da­de a qual Jesus quer que des­fru­te­mos. Pen­so que atu­al­men­te ain­da exis­tem pes­so­as que que­rem exer­cer poder e con­tro­le sobre os demais, mas ago­ra as pri­sões são outras. Pos­so citar, por exem­plo, o raci­o­na­lis­mo, os sofis­mas e os rela­ti­vis­mos. A fé está sob ata­que den­tro e fora dos tem­plos. O que não pode ser raci­o­na­li­za­do, o que é tido como ver­da­de eter­na e abso­lu­ta, deve ser ques­ti­o­na­do e, se pos­sí­vel, desprezado.

Con­tu­do, cabe a cada um de nós per­ma­ne­cer fir­me. Está em nos­sas mãos a deci­são entre nos sub­me­ter­mos ou não a qual­quer tipo de jugo, a qual­quer tipo de cabres­to ide­o­ló­gi­co, dou­tri­ná­rio ou sis­tê­mi­co. Seja livre para viver e expres­sar sua fé. Há sim mui­tos que que­rem colo­car réguas e medi­das sobre o que é ou não é de Deus. Con­tu­do, nos­sa úni­ca regra de fé é a Pala­vra de Deus, na qual encon­tra­mos tudo para ser­mos sal­vos e livres.

Do ami­go e pastor,

Pr Tiago Valentim

Tia­go Valentin

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